O Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda (Senge-VR) vive um momento histórico. Pela primeira vez em mais de 50 anos de existência, a entidade será presidida por uma mulher. A engenheira civil Neide Aparecida dos Santos foi eleita no dia 23 de setembro e estará à frente da entidade no quadriênio 2024/2028.
Com mais de 20 anos de experiência na área, Neide promete uma gestão focada na representatividade, igualdade de gênero e no fortalecimento da engenharia em Volta Redonda. Durante seu discurso de agradecimento, ela destacou a importância da conquista coletiva e da diversidade dentro da entidade.
“Essa vitória não é só minha, é de todas as mulheres e profissionais que se sentem subrepresentados nas lideranças sindicais. Vamos trabalhar para que a engenharia em Volta Redonda seja um exemplo de inclusão e inovação”, afirmou.
Neide também ressaltou que sua gestão terá um olhar atento às condições de trabalho dos engenheiros, arquitetos e tecnólogos, buscando ampliar o diálogo com empresas e órgãos públicos para garantir melhores salários, além de fortalecer as ações de capacitação e atualização profissional. “Precisamos acompanhar as novas demandas tecnológicas e ambientais que impactam diretamente o setor. A engenharia deve estar na vanguarda das soluções sustentáveis”, completou.
Fernando Jogaib, atual presidente, que assumirá a vice-presidência em novembro, destacou que a eleição de Neide é um marco não apenas para o Senge-VR, mas também para os movimentos sindicais no Brasil, que ainda enfrentam desafios em termos de representatividade de gênero e raça em cargos de liderança. “Neide é atualmente minha vice e assume a presidência com a missão de quebrar barreiras e criar um ambiente mais inclusivo para todos os engenheiros e arquitetos”, afirmou.
A cerimônia de posse da nova diretoria está prevista para o dia 17 de novembro. “Com essa eleição, o Senge-VR escreve uma nova página em sua história e reforça o papel transformador que as entidades de classe podem desempenhar em prol de uma sociedade mais justa e representativa”, concluiu Neide.