Com 28 anos, Rosalina Leandra de Paula tem um sonho que está cada dia mais próximo de ser realizado. Ela é cheerleader em uma equipe de Volta Redonda e foi selecionada para uma das maiores competições do esporte, em Orlando, nos Estados Unidos.
Moradora do bairro Três Poços, Leandra iniciou a prática em 2018, quando cursava a faculdade de Educação Física no UniFoa. Se apaixonou e continuou. Atualmente, ela entrega a equipe Elite All Star e a seleção brasileira de Cheerleading.
Não foi fácil, no entanto, para ela chegar ao ponto alto do esporte. Um problema de saúde com a mãe, por pouco, não interrompeu a trajetória.
“Em 2019, o câncer da minha mãe agravou e não pensei duas vezes em tomar a decisão de sair da equipe que fazia parte. Infelizmente, ela faleceu em junho de 2021. Achei que não teria condições de voltar para a equipe, mas recebi uma proposta em novembro para retornar a competir e participar da seletiva da seleção brasileira. Meu coach Cauê Sousa foi quem me incentivou e consegui passar na seletiva, conquistando o primeiro lugar no Campeonato Arena Cheer”, explicou Leandra.
O nome cheerleading vem do inglês e pode ser traduzido como animação de torcida. Entretanto, o mais comum é o esporte ser chamado pelo nome original, até mesmo aqui no Brasil. Os participantes da modalidade são chamados de cheerleaders.
As apresentações no cheerleading misturam coreografias, acrobacias, saltos e pirâmides humanas. Também é possível separar as equipes por gênero. Os times mistos são chamados Coed, uma abreviação de coeducacional. Também existem equipes femininas, chamadas all girl, e masculinas, all boy.
Leandra tem agora um novo desafio, conseguir patrocínio para viajar para Orlando, nos Estados Unidos, onde em abril acontece a disputa do Campeonato Mundial da categoria. “Quero muito competir no mundial representando nosso país e poder mostrar que, mesmo com todo este caos que estamos vivendo, ainda há esperança, que podemos sonhar que sonhos podem virar realidade, sim”, afirmou a atleta. “Trabalho dando aula de ginástica olímpica para crianças e só com o salário de professor não consigo custear as despesas”.
Somando passagem aérea, hospedagem, alimentação, inscrição e os treinamentos que são realizados aos finais de semana no Rio de Janeiro, o custo ultrapassa R$ 10 mil, de acordo com Leandra. “Para competir, tenho que pagar a primeira parcela já em fevereiro. Não conseguindo, não consigo treinar e viajar”, detalhou a cheerleader, que tem buscado apoio junto às empresas. Doações também podem ser realizadas pela chave PIX (15665884723 – CPF).