Com obras iniciadas no governo do prefeito Paulo César Baltazar, no ano de 1995, a Rodovia do Contorno foi inaugurada somente 22 anos após, pelo então governador Luiz Fernando Pezão. Com cinco anos de uso, a estrada necessita urgentemente de uma intervenção do governo federal para colocar fim ao alto índice de acidentes no local.
A obra custou mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos, ao longo do tempo, e liga a via Dutra a BR-393 (Rodovia Lúcio Meira), com a extensão entre o Conjunto Habitacional Vila Rica e o bairro Santo Agostinho, desviando o trânsito de veículos pesados do centro de Volta Redonda. No entanto, o que seria uma evolução para a mobilidade urbana da região vem se transformando numa “Rodovia da Morte”.
Somente neste início de 2023 já foram registrados nove acidentes com capotamentos de veículos. Em 2022, houve mortos e feridos gravemente. Os trechos com mais ocorrências de acidentes ficam nas proximidades do condomínio Alphaville e do conjunto habitacional Jardim Mariana.
Dnit
O deputado Jari de Oliveira (PSB), acompanhado de técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), já realizou vistorias no local. Foi constatado que o pavimento da rodovia tem graves problemas, como afundamentos, fissuras, trincas e rachaduras “couro de jacaré”.
Este tipo de defeito, que antes era localizado próximo ao Residencial Jardim Mariana, no Km 3,8, se alastrou ao longo da via, em especial no Km 8, onde ocorreu a remoção superficial do revestimento asfáltico. A prefeitura de Volta Redonda, através da Procuradoria-Geral do Município (PGM), solicitou à Justiça uma audiência especial com o Dnit para a realização de manutenções emergenciais na Rodovia do Contorno.
O pedido leva em consideração um laudo técnico da secretaria municipal de Transporte e Mobilidade Urbana, apontando diversos defeitos estruturais que podem provocar novos acidentes, além de condições precárias de manutenção e sinalização, principalmente nesta época de chuvas (que vai até o fim de março de 2023).
Faz-se necessário que as autoridades tomem uma providência concreta para que a situação seja resolvida e a Rodovia do Contorno não se consolide como a “Rodovia da Morte”.
Carta do Leitor
Sou formada em jornalismo há 33 anos. Quase em sua totalidade atuando na área .
Sem precedentes uma rodovia tão pequena, com 12,5 km de extensão e tão nova, atingir uma estatística de três acidentes/dia.
Há quem defenda colocando a imprudência dos motoristas. Mas não precisa ser perito para saber que este quesito é o último item a ser considerado , uma vez que o número de acidentes por si só revela. A Rodovia do Contorno é uma Rodovia de Conexão de grandes rodovias. Dutra a BR 393. Que trafegam transportes pesados, cargas tóxicas, misturados aos carros de passeio em uma estrada que mais se parece uma estrada vicinal .
Uma estrada ESCURA, sem sinalização noturna.
Não se vê manutenção da vegetação lateral da via. Tão pouco cuidados com a sinalização horizontal e vertical. Não existe uma conservação da pavimentação entre outros detalhes que somam para a segurança dos transeuntes .
Alguns passam por ela uma vez, outros nunca mais.
Nós moramos nas proximidades e somos obrigados a passar por ela. Temos nossas atividades fora do Condomínio. Recebemos visitas de parentes e amigos que, a não ser por outro meio de transporte, passam pela RC .
Alguns de nós, moradores, já passaram por uma experiência desagradável, “rodar” na pista ou outro desfecho. Até com capotagem com feridos .
Penso que é um problema nosso sim e deveríamos cobrar as autoridades competentes e ou supostamente competentes .
Fica aqui um alerta ao nosso presidente. E a todos. Ou num futuro próximo o local ganhar o nome de Rodovia da morte.
*o leitor preferiu não se identificar