A instalação de novo calçamento no bairro Aterrado segue provocando dor de cabeça aos estudantes, comerciantes e moradores. A obra faz parte do Plano de Mobilidade Urbana do governo municipal. Atualmente, funcionários da empresa contratada pela Prefeitura executam o serviço na altura do cruzamento das ruas Luiz Alves Pereira e Ruy Barbosa de Oliveira.
Naquela região, está instalada uma das maiores unidades escolares da rede pública municipal, o Colégio Professora Delce Horta Delgado. Com trechos das ruas interditados, pontos de lentidão no trânsito são registrados, ocasionando até mesmo atraso na chegada e saída dos cerca de 900 alunos matriculados.
O reflexo é sentido também por quem tenta acessar pela Rua Luiz Alves Pereira o Hospital Dr. Nelson Gonçalves (antigo Cais Aterrado) e o quartel do 22º Grupamento de Bombeiros Militares. A circulação das linhas de ônibus urbanos também está sendo prejudicada. No final da manhã de quinta-feira (dia 27), por exemplo, o tempo mínimo para cortar o bairro chegou a levar 15 minutos.
“A secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana está mais preocupada em multar as empresas de ônibus e não se atenta a problemas como esse”, afirmou a aposentada Gorete Alves. “Por receio de atrasar com esse trânsito, estou saindo mais cedo de casa”, disse um estudante do Delce Horta, que pediu para não ser identificado.
Quem transita pelas ruas do Aterrado constata a falta de guardas municipais no controle do trânsito. “Parecem que o comando da Guarda Municipal mudou o propósito da instituição. Hoje eles cuidam de poda de árvores e troca de lâmpadas, enquanto uma de suas funções, que é cuidar do trânsito, foi deixado de lado”, afirma o metalúrgico Gilmar Leal.
Uma das saídas para melhorar a fluidez do trânsito poderia ser o recálculo do tempo dos semáforos. Isso expõe, mais uma vez, a falta de planejamento do governo municipal.