Centenas de pessoas vestindo roupas pretas, simbolizando a luta contra a poluição causada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CN), se reúnem nesta manhã de domingo (dia 23) na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, para participar de um ato organizado pelo Movimento Sul Fluminense Contra a Poluição. O manifesto tem como objetivo chamar a atenção dos órgãos de controle e conscientizar a população sobre os efeitos nocivos da poluição atmosférica e sonora provocada pelas atividades da Usina Presidente Vargas.

O ato, que conta com o apoio de diversos setores da sociedade civil, tem como um de seus coordenadores o engenheiro florestal e analista ambiental, Sandro Alves. Ele ressalta que o movimento é popular, democrático e apartidário, tendo como principal propósito combater todas as formas de poluição que afetam a região, em especial as provocadas pela CSN.

Sandro Alves enfatiza a importância de mobilizar o maior número possível de pessoas impactadas pela poluição, sejam elas afetadas diretamente ou indiretamente, com o intuito de sensibilizar as autoridades responsáveis pelo controle ambiental, como o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a prefeitura. A ação busca cobrar a efetiva fiscalização e cumprimento da legislação ambiental por parte da empresa siderúrgica.

“O objetivo desse ato é colocar nas ruas o maior número possível de pessoas atingidas por essa poluição, tanto atmosférica como sonora, provocada pela CSN, e chamar a atenção dos órgãos de controle em reação à atividade da companhia, como o Inea, a prefeitura e outros que possam controlar o cumprimento da legislação ambiental”, disse o ambientalista.

Além disso, o movimento visa ampliar o conhecimento sobre a realidade enfrentada pelos moradores de Volta Redonda, buscando conquistar apoio de outras regiões do país devido à gravidade da situação ambiental na região.

Outro ponto crucial da manifestação é a cobrança pelo cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2018 entre a CSN, a Secretaria de Estado de Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente. O TAC é composto por 35 itens, e a CSN tem até agosto de 2024 para cumpri-lo.

“Estamos com o TAC em vigor desde 2018 e ao invés de estarmos vendo algumas melhorias, o que a população sente diariamente é uma piora, que não é simplesmente por estarmos em período seco. É uma poluição geral, sentida diariamente e que vem se agravando cada vez mais, quando já era para estar melhorando”, destacou Sandro Alves.

Entre as principais reivindicações do movimento estão o respeito à qualidade de vida da população, o cumprimento da legislação ambiental e o efetivo acompanhamento dos órgãos oficiais de controle para que a empresa se adeque às normas e, consequentemente, reduza significativamente a carga de poluição atmosférica e sonora que afeta os moradores de Volta Redonda.

O ato na Vila Santa Cecília é um marco na luta contra a poluição industrial, representando a união de cidadãos preocupados com o meio ambiente e com o bem-estar da comunidade.

O deputado estadual Jari Oliveira (PSB) e o vereador Raone Ferreira (PSB) estiveram presentes, também reivindicando melhorias para a população de Volta Redonda.

1 COMENTÁRIO

  1. Volta redonda muito suja e muita poeira, a unica coisa de a gente nao pode deixar de fazer é pagar os impostos tudos caros.. Cobrar é nosso direito.

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