Os trabalhadores da construção civil reprovaram, em assembleia digital nesta quinta-feira (dia 27), a proposta do sindicato patronal para o reajuste salarial e em outras cláusulas econômicas da convenção coletiva 2023/2024. Dos 2.746 trabalhadores participantes, 2695 votaram não (98,14%) e 51 votaram sim (1,86%). O patronal foi comunicado sobre a decisão da categoria. Com esse resultado prosseguem as negociações para o fechamento do acordo.
A proposta do patronal foi de 4% de reajuste salarial (de forma parcelada); 6% de reajuste na cesta básica, que dentro da indústria ficaria R$ 372 e fora da indústria R$ 249, e 4% na multa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que ficaria R$ 635,51 para o ajudante e R$ 702,15 para o profissional
A categoria está reivindicando 10% de reajuste salarial, 100% na cesta básica (R$ 700), um salário base de multa da PLR, desconto de somente 1º no vale-transporte (conforme conquista nas outras três convenções coletivas) e 100% em todas as horas extras.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Zeomar Tessaro, a proposta rejeitada não contemplava as expectativas e não representava a valorização dos trabalhadores, por isso, já era previsto que seria reprovada por uma ampla maioria da categoria.
“Vamos continuar buscando o setor patronal, para que possamos avançar com as propostas e atender as demandas dos trabalhadores”, adiantou Tessaro.
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