A conclusão da reforma na Escola Municipal Jayme de Souza Martins, situada no bairro Santo Agostinho, está enfrentando um atraso significativo. Inicialmente, a obra tinha um prazo de dez meses para ser finalizada, o que permitiria que os estudantes estivessem utilizando as novas instalações desde abril do ano passado. No entanto, até o momento, isso não aconteceu.
Esse atraso tem gerado transtornos para os funcionários e os cerca de 550 alunos matriculados do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, além daqueles atendidos pela Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os cofres públicos também foram impactados, com um aumento de 58,93% no valor total da obra. Ao longo desse período, foram assinados sete termos aditivos ao contrato 077/2022, firmado entre a Prefeitura de Volta Redonda e a Marques e Duarte Construtora, empresa com sede em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Atualmente, o custo da reforma da Escola Municipal Jayme de Souza Martins é de R$ 1,5 milhão. O mais recente termo aditivo, assinado pela Secretaria Municipal de Educação, estende o prazo da obra por mais seis meses, com previsão de término para o dia 23 de dezembro. Com isso, os alunos terão que aguardar o início do ano letivo de 2025 para usufruírem das melhorias na unidade de ensino da rede pública da Cidade do Aço.
Projeto e diagnóstico dos problemas
De acordo com um edital publicado no portal VR em Destaque, em março de 2021, a Assessoria de Obras da Secretaria Municipal de Educação solicitou ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU) a atualização do projeto de reforma da Escola Municipal Jayme de Souza Martins. Dois anos antes, uma visita técnica já havia identificado problemas na utilização do espaço.
Com base nas necessidades apontadas pela Direção Escolar e confirmadas pela Assessoria de Obras, foi verificado que a intervenção necessária para resolver todos os problemas não poderia ser executada pelo Departamento de Manutenção. Portanto, foi aberto um processo para adequar o prédio em relação à acessibilidade, condições de segurança, habitabilidade e manutenção.
Os principais problemas identificados incluem infiltrações no telhado, que degradaram a pintura, falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, desgaste nas portas e janelas e condições inadequadas dos banheiros. “Considerando as irregularidades identificadas, é notório que os problemas apontados comprometem diretamente a utilização do espaço”, destacou a vistoria.
O contrato de reforma inclui o reforço na estrutura; troca de pisos; substituição dos basculantes por janelas nas salas de aula; reforma nas instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias. Será construída uma estrutura para, no futuro, o local poder receber um elevador. Os banheiros serão reformados, com a substituição das portas de alumínio e de madeira, inclusive ferragens. Toda a escola receberá uma pintura interna.
Foto: Google Maps