O Centro Histórico-Cultural Dauro Aragão, em Volta Redonda, foi palco, na última quinta-feira (22), de um evento que faz parte da agenda de atividades do curso de Design do UniFOA e que ainda repercute, em comemoração ao Dia da Diversidade. A programação incluiu a palestra “Moda: Linguagem da Cidadania”, ministrada pelo renomado professor, estilista, cenógrafo e ativista do movimento LGBTQIAPN+,
Almir França, seguida por um desfile de moda sustentável que lotou o Centro Histórico.
Na passarela, alunos do curso apresentaram peças criadas a partir do reaproveitamento de uniformes da empresa de energia ENEL, transformados por Almir França em uma coleção que destaca a moda circular e a preservação ambiental.
A coordenadora do curso de Design, Aline Rodrigues Botelho, destacou a importância da iniciativa.
“A proposta reforça o compromisso do UniFOA com temas sociais e ambientais que impactam diretamente a formação dos nossos alunos. Foi uma noite histórica para todos nós”, afirmou Aline.
A moda de reuso reduz a cadeia contaminadora da indústria da moda e dá encaminhamentos para roupas usadas como matéria prima de novos negócios e oportunidades que geram emprego e renda.
Almir França, que também atua como Coordenador de projetos culturais do Instituto Arco Iris, é reconhecido por seu trabalho voltado à moda de reuso, com foco na redução dos impactos ambientais da indústria têxtil e na promoção da inclusão social. Com uma sólida carreira de 40 anos, já participou de eventos internacionais, incluindo desfiles em Paris, e atualmente coordena projetos como a Escola de Divines, voltada para a população trans, e o EcoModa, ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade.
O evento, aberto ao público, reforça a integração entre educação, sustentabilidade e cidadania.
“A moda vai muito além da estética. Ela é uma linguagem poderosa de identidade, inclusão e sustentabilidade. Ver os alunos do UniFOA vestindo peças criadas a partir de resíduos de uniformes de uma empresa é a prova de que é possível transformar descarte em expressão e consciência social”, ressaltou Almir França, lembrando que a população, formada por trabalhadores em sua maioria, passa mais tempo de uniformes, que vão parar em aterros sanitários – com estruturas compostos por fibras danosas, com o mesmo material que se faz o plástico, por exemplo – que com roupas comuns.