A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou, nesta sexta-feira (dia 18), que intensificou as ações de movimentação e reaproveitamento do agregado siderúrgico estocado no Pátio de Beneficiamento, localizado no bairro Brasilândia, em Volta Redonda. Segundo a empresa, entre agosto de 2020 e junho de 2025, foram movimentadas externamente 4,4 milhões de toneladas do material, das quais 885 mil toneladas foram efetivamente reaproveitadas.
Esse agregado resulta do beneficiamento da escória gerada durante a produção de aço. De acordo com a companhia, ele tem sido usado em diferentes aplicações, como pavimentação de estradas vicinais, terraplanagem, lastro ferroviário e até na correção do pH do solo. O material também é tema de estudos acadêmicos e testes para uso em práticas agrícolas e soluções sustentáveis.
Para ampliar a recuperação e reduzir o volume estocado, a CSN instalou recentemente a segunda planta separadora modular de beneficiamento, voltada ao processamento da escória recém-gerada. Com isso, a empresa aumentou a recuperação de sucata metálica, que retorna ao processo produtivo da Usina Presidente Vargas (UPV), diminuindo a necessidade de descarte.
A modernização do processo inclui ainda novos britadores e separadores granulométricos, atualmente em fase de testes. A expectativa é de ganhos em eficiência operacional, com redução no consumo de energia, eliminação de emissões atmosféricas e menor demanda por manutenção.
A CSN ressalta que as operações no Pátio de Beneficiamento seguem rigoroso controle ambiental. Estudos técnicos realizados por empresas independentes apontam que as estruturas são estáveis e não há risco de deslizamento em direção ao Rio Paraíba do Sul. Em mais de 30 anos de atividade, não foram registrados deslocamentos ou instabilidades nos depósitos.
Além disso, análises laboratoriais confirmam que o agregado siderúrgico não é classificado como resíduo tóxico e não apresenta riscos à saúde humana ou ao meio ambiente.
As atividades do pátio são monitoradas e fiscalizadas mensalmente pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que acompanha a movimentação e reaproveitamento do material, além dos parâmetros de segurança.