Após protelar por pelo menos 15 dias, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) iniciou a paralisação temporária do alto-forno 2 da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. O informe aos acionistas e ao mercado em geral foi enviado no início da noite de sexta-feira (dia 29), por meio de um comunicado intitulado de “Fato Relevante”.

A medida visa adequar a produção de aço à demanda de mercado, prejudicada pela crise do novo coronavírus. O AF-2 tem capacidade nominal de 1,5 milhão de toneladas anuais. “As demais unidades da Companhia e de suas controladas no Brasil, Alemanha e Portugal permanecem com suas atividades normalizadas, sem impactos operacionais relevantes, de acordo com o comunicado da empresa”, garante a empresa.

A Folha do Aço apurou que as atividades de uma das sinterizações também serão interrompidas. Os trabalhadores dos dois departamentos, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Silvio Campos, deverão ser temporariamente deslocados para outros projetos dentro da Usina. “Além de não demitir, nosso pleito para o presidente da empresa [Benjamin Steinbruch] é que transfiram esses trabalhadores para outros setores internos da Usina”, disse o Sindicalista.

Na sexta-feira, as ações da CSN (CSNA3) subiram mais 7%, chegando a valer R$ 10,32. A alta reflete a expectativa da retomada da economia
na China e um aumento da demanda pelo minério de ferro. Apesar da expectativa, a empresa viu necessária a adequação agora da produção, em virtude da recorrente queda de demanda desde que o país asiático teve que fechar suas fronteiras para conter o vírus. “A Companhia continuará acompanhando a situação, mantendo o mercado informado a respeito de qualquer nova evolução relevante”, finaliza o comunicado aos acionistas.

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