Por Adelson Vidal Alves
A dupla Neto e Tetê Gonçalves intensifica seu pacote de maldades contra a educação. O ataque mais repugnante e audacioso visa desmontar a Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre). O governo municipal vai acabar com 18 turmas de Ensino Médio de uma instituição reconhecidamente de
qualidade e com serviço de excelência ofertado à população.

A Fundação foi criada em 1968, e na página da prefeitura lemos que “A Fevre tem a missão de oferecer Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante de qualidade. Foi criada com o objetivo, como visão de futuro, ser referencial para o oferecimento de Ensino Público, desenvolvendo uma política educacional de qualidade para a formação ética, o exercício da cidadania e a inserção no mundo do trabalho”.

Nas mãos de Neto e Therezinha Gonçalves, a entidade caminha para a extinção. A desculpa é ridícula e de um cinismo nojento. Segundo a SME, o Ensino Médio é atribuição do governo do Estado. Ora, segundo a Lei de Diretrizes e Base da Educação, ofertado o Ensino Fundamental, o Município pode assumir o Ensino Médio. O fato de o município não ter obrigação não significa que deva fechar uma instituição que comprovadamente traz excelentes resultados educacionais à população.

Quem aqui escreve é ex aluno da Fevre, que me forneceu o primeiro diploma de curso técnico. No colégio José Botelho de Athayde, na Vila Americana, ganhei a formação técnica em contabilidade. Nesse mesmo colégio, também lecionei, e posso testemunhar o compromisso e os belos resultados movidos pelo corpo docente; e também pela direção e os funcionários. Pensar no belo prédio da escola sendo totalmente esvaziado por um projeto político mesquinho e covarde é de dar náuseas.

A Fevre deveria receber investimentos, os profissionais valorizados, com incentivo para formação continuada e estrutura para o desenvolvimento de atividades complementares. Os prédios deveriam ser reformados, concursos públicos para o quadro efetivo realizados, no lugar de contratações temporárias precárias. A Fundação deveria ser a menina dos olhos da educação volta-redondense. Isso se o governo não planejasse destruí-la por vingança e pirraça, práticas conhecidas do netismo.

Há um projeto de esvaziamento da Educação por parte da gestão municipal, e isso é histórico. Não basta a perseguição aos professores, a recusa de diálogo com o sindicato da categoria, o descumprimento do Plano de Carreira, Cargo e Salário (PCCS) e o sucateamento dos serviços e salários. Agora o netismo quer literalmente destruir uma instituição histórica de educação.

A verdade é que enquanto uma instituição educacional agoniza, o prefeito prepara reforma no Palácio 17 de Julho, investe em novas xícaras de café e dá aumento para cargos comissionados. É o jeito Neto de governar, beneficiando a si e seus amigos enquanto acaba com a cidade. A Câmara de Vereadores vai realizar uma audiência pública sobre o tema, provavelmente no próximo dia 26. A presença de todos é importante. Todos pela Fevre!

* Adelson Vidal Alves é historiador e editor do blog Voz Liberal

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