Desde o dia 26 de maio, com a confirmação do primeiro caso da variante Deltano Estado do Rio, a população fluminense vive uma nova onda de tensão e medo com relação ao crescimento dos casos e óbitos causados pelo vírus. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Rio de Janeiro tem uma chance de pouco mais de 95% de encabeçar uma nova etapa de agravamento das síndromes respiratórias graves (SRAGs), após cinco meses de sucessivas quedas nos indicadores da doença.

Os dados, calculados utilizando as últimas seis semanas, foram divulgados na terça-feira (dia 10) pela Fundação, na nova edição do boletim InfoGripe, que avalia o cenário da pandemia em todo o Brasil. “Nosso principal alerta é para o Rio de Janeiro em particular, que tem o sinal mais evidente de aumento em comparação com os demais estados. Pela segunda semana consecutiva, o Brasil dá um indício claro de interrupção na tendência de queda, e o Rio lidera esse movimento”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, do grupo de Métodos Analíticos em Vigilância Epidemiológica da Fiocruz.

Embora a perspectiva seja assustadora em um panorama estadual, os moradores das regiões Médio Paraíba, Centro Sul e Costa Verde têm motivos para ter uma dose de esperança, mas sem abandonar as medidas de prevenção à doença, como evitar aglomerações e usar máscaras de proteção. De acordo com a Fiocruz, a Macrorregião de Saúde I, que corresponde a essas três regiões já mencionadas no Sul do Rio, apresenta uma tendência de estabilidade nos números da doença. Esses indicadores, embora suscetíveis a oscilações por se tratarem de previsões aproximadas, têm ajudado as autoridades a organizar melhor as formas de prevenção e de flexibilização das atividades econômicas municipais.

Para calcular as estimativas, a Fiocruz utiliza dois recortes temporais: curto e longo prazo. No curto prazo, o instituto considerou uma breve queda seguida de estabilidade nos indicadores. No longo, a perspectiva para a Costa Verde e o Médio Paraíba foi mais animadora, com uma grande queda seguida de estabilidade com pequenas oscilações nas últimas seis semanas. Para os próximos meses, a Fiocruz trabalha com hipóteses de estabilidade.

Os casos confirmados e a média móvel apresentaram queda na última semana antes da divulgação do Infogripe. Conforme os dados, menos de 4 mil casos foram confirmados entre os 26 municípios da região e a média móvel não passa das 5 mil notificações.

Corrida pela vacinação

Uma verdadeira corrida para aumentar a cobertura vacinal começou desde a chegada da variante Delta no Estado. Na região Sul Fluminense, o panorama é o mesmo, com cidades tentando imunizar o maior número de pessoas no menor período. Volta Redonda, por exemplo, atingiu a marca de 80% da população vacinada com pelo menos uma dose, o que corresponde a cerca de 170 mil pessoas, segundo os números divulgados pela secretaria municipal de Saúde.

Barra Mansa também completou, na terça-feira (dia 10), 80% da população adulta vacinada com pelo menos uma dose. Foram 148.470 vacinas aplicadas até o momento, sendo 96.460 de primeira e 48.051 de segunda dose, informou a SMS.

Com uma população de pouco mais de 132 mil pessoas, Resende já vacinou, com pelo menos uma dose 121.126 moradores, o que corresponde a cerca de 91% de todos os seus munícipes. 80.323 pessoas receberam a primeira, 37.783 a segunda e 3.020 foram imunizados com vacinas de dose única.

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