A Prefeitura de Angra está movendo uma Ação Civil Pública contra a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na região. A Procuradoria Geral do Município deu entrada na Justiça, na quarta-feira (dia 23), ao processo 0001859-71.2022.8.19.0003. O valor da indenização solicitada pelo governo municipal é de R$ 10 milhões, por dano moral coletivo.
“Nosso grande objetivo é que a Enel dê uma resposta mais rápida a Angra dos Reis. Muitas vezes temos estradas fechadas por barreiras e não podemos fazer a desobstrução da via em função das linhas que ainda estão com energia. A Enel tem que colocar suas equipes aqui para trabalhar junto com as nossas equipes”, frisou o prefeito de Angra.
A ação expõe a ineficiência dos serviços prestados ao município diante das fortes chuvas que assolaram a cidade, entre domingo (20) e segunda-feira (21), com um acumulado de aproximadamente 300mm em 24 horas. Deslizamentos e quedas de árvores ocasionaram danos à rede de energia elétrica com a interrupção da sua distribuição em diversos bairros. Moradores de várias comunidades ficaram sem energia elétrica por mais de 48 horas e algumas ainda se encontram sem o fornecimento.
Entre as localidades afetadas estão a Estrada do Contorno; Belém — final da Avenida Bom Jesus; Frade — Rua Boa Esperança; Água Santa — todo o bairro; Caputera — toda a localidade a partir da ponte; Ribeira — Rua dos Coqueiros; Campo Belo — Diversos pontos; Ilha Grande — Praia Vermelha; Ilha Grande — Araçatiba e Vila do Abraão; e Maciés — toda a localidade.
Além disso, a Prefeitura necessita remover resíduos de deslizamento e árvores na Estrada do Contorno, mas não tem contado com a colaboração da Enel para a interrupção temporária da distribuição da energia elétrica no local.