A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (dia 28) a Operação Acesso Restrito, visando desarticular organização criminosa responsável por fraudar mais de R$ 4,5 milhões de reais de contas bancárias da CAIXA, em novembro de 2022.
Na ação de hoje, os policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói/RJ, nos bairros de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Miguel Couto, em Nova Iguaçu/RJ e Icaraí, em Niterói/RJ.
As investigações tiveram início a partir de informações repassadas pela Centralizadora Nacional de Segurança da Caixa Econômica e apontam que os suspeitos utilizaram acessos privilegiados e desviaram valores de contas sociais digitais da CAIXA, de onde foram sacados indevidamente.
Os indivíduos, alvos dos mandados, prestavam serviços de informática a agências da região metropolitana do Rio de Janeiro e se aproveitaram de seu trânsito e de suas credenciais de acesso para obter acessos privilegiados de uso restrito.
Os acessos privilegiados foram utilizados para obter senhas e perfis de acesso de outros empregados da Caixa, os quais serviram para transferir indevidamente valores para contas digitais vinculadas a projetos sociais e possibilitar o saque pelos criminosos.
Foi identificada a participação de um hacker já envolvido em outros ataques cibernéticos a contas bancárias, o qual se encontra foragido.
A ação é mais uma operação decorrente da Força-Tarefa Tentáculos e contou com a parceria da Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas (CBAN), da recém-criada Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, com a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Os crimes investigados abrangem peculato, violação de sigilo funcional, invasão de dispositivo informático e furto qualificado, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 (trinta) anos de prisão.
O nome da operação faz referência à violação dos acessos aos sistemas praticada pelos então empregados terceirizados.