Em agosto de 2020, a prefeitura de Volta Redonda anunciava uma parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que trouxe esperança para a população da cidade: a administração da Nitazoxanida como tratamento precoce da Covid-19 em pessoas do grupo de risco. A iniciativa foi intermediada pelo infectologista Edimilson Migowski.

“Depois de três anos, eu acho que o legado que essa pandemia deixa é justamente uma forma diferente de você conduzir a sua vida. É trabalhar sempre no que a gente chama de ‘medicina do estilo de vida’, que se baseia em alguns pilares, como dormir bem, comer bem, praticar atividade física, gerenciar estresse, não abusar de drogas lícitas ou ilícitas, ter bons relacionamentos, colocar a vacina no modo geral em dia, não só para evitar a Covid, mas diversas outras doenças infecciosas. A prevenção deve ser um hábito de vida e não mais só uma coisa efêmera e temporária”, explica o médico.

Para Migowski, o tratamento da enfermidade continua sendo medicamentos como a Hidroxicloroquina, Cloroquina, Ivermectina e Nitazoxanida, sendo esse último utilizado no protocolo adotado em Volta Redonda.

“O diagnóstico e o tratamento imediatos permanecem sendo indicados e devem ser mantidos. Não só para Covid, mas também para qualquer outra doença. A gente sabe que o segredo é diagnosticar precocemente para tratar de uma forma mais segura, evitando sequelas e internações”.

Edimilson Migowski lembra que, quando foi implantado o protocolo de tratamento imediato da população de Volta Redonda, a letalidade estava em torno de 4%. Ou seja, a cada 100 pessoas que adoeciam, quatro morriam.

“Estabelecemos o tratamento imediato, contemplando inicialmente pessoas de alto risco. Foram 604 pacientes e, segundo a estatística na ocasião, morreriam cerca de 24 pessoas. Nenhuma delas veio a óbito. Nós tivemos apenas duas internações, zero falência respiratória, zero terapia intensiva e zero óbito. Um resultado bastante encantador”, detalha o especialista.

“Dizem que isso é coincidência, que é sorte, mas não. É competência, é ver a população com empatia, com sentido humanitário e humanista de se pensar fora da caixa. Volta Redonda teve esse protocolo de sucesso que, infelizmente, não foi mantido, porque hoje poderia ser um exemplo para o mundo”, concluiu o infectologista.

“A vacina já mostrou que não é segura e nem eficaz”, afirma infectologista

O dia 17 de janeiro de 2022 entrou para a história, com o começo da vacinação contra Covid-19 no Brasil. A enfermeira Mônica Calazans foi a primeira a receber a dose em território nacional e a ação representou um pontapé para o início da imunização em profissionais de saúde, indígenas e quilombolas, um verdadeiro sinal de esperança para a população diante de um momento de tanto medo e incertezas.

Recentemente, o país iniciou a aplicação da vacina bivalente, responsável por proteger da cepa original e da variante Ômicron. A princípio, estão sendo imunizados os grupos prioritários, compostos por idosos, pessoas com imunossupressão, residente de instituições de longa permanência, funcionários destes estabelecimentos e indígenas com mais de 12 anos. Cabe acrescentar que o incentivo pela imunização é uma das sete recomendações da OMS.

Apesar disso, mais de 69 milhões de brasileiros ainda não voltaram aos postos para receber a primeira dose de reforço da vacina contra a Covid-19, segundo dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O infectologista Edimilson Migowski atribui a queda na procura por vacinas o descrédito da população quanto ao imunizante.

“Na minha opinião, a vacina já mostrou que não é segura nem eficaz. Não evita que você adoeça nem que você transmita a enfermidade. Se a enfermidade deixou de ser tão grave, não foi pela vacina, mas pelo fato de a pessoa já ter tido antes, o que a gente chama de ‘imunidade de rebanho'”, destaca.

O médico também não poupa críticas ao lockdown, procedimento adotado no mundo todo no período mais intenso da pandemia.

“O lockdown fere mortalmente todos os pilares da medicina do estilo de vida. Você acaba preso dentro de casa, dormindo mal, comendo mal e bebendo muito. O consumo de bebida alcoólica aumentou muito nesse período, assim como também o número de separações. Ou seja, a questão da relação pessoal também ficou comprometida. Fora o estresse, a falta de atividade física porque as pessoas acabam tendo que ficar em casa. Uma vez que você devolve à população a possibilidade de uma vida normal, ela retoma uma melhor resposta imune por conta disso”, relembrou.

Números recentes

Na última semana-feira, o Brasil atingiu 37.145.514 casos confirmados de Covid-19 e 699.634 mortes pela doença, desde o início da pandemia. O país segue como o segundo com maior número de óbitos e o terceiro em infectados pelo coronavírus no mundo.

De acordo com dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), no dia 11 de março, data do último boletim, foram registrados 60.450 novos diagnósticos positivos e 328 óbitos.

Foto: reprodução da internet

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