Os profissionais da enfermagem do sistema público de saúde em Volta Redonda que contavam, a partir de hoje (dia 11), véspera de feriado, com as quatro primeiras parcelas disponibilizadas pelo Governo Federal para o pagamento do piso nacional da categoria, terão uma surpresa ao puxarem o extrato bancário. É que a Prefeitura definiu que repassará somente o complemento referente a setembro, excluindo os meses de agosto, julho, junho e maio.
Ainda não existe data prevista para a quitação da diferença. Segundo informações extraoficiais, uma folha suplementar será rodada nas próximas semanas. Enquanto é isso, o recurso carimbado pela União permanecerá aplicado na conta doFundo Municipal de Saúde (FMS). Volta Redonda recebeu repasse de R$ 16 milhões – sendo R$ 5,3 milhões da primeira parcela – para pagar os cinco meses retroativos.
Não bastasse esse imbróglio, a secretaria municipal de Saúde travou o repasse para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que trabalham nas instituições particulares que fazem parte do sistema suplementar (que atendem pelo menos 60% dos pacientes provenientes do SUS). Nada será pago até que as clínicas, entidades filantrópicas e hospitais passem por auditoria, comprovando detalhadamente a prestação de serviço por meio do SUS. Elas são o Hospital Santa Cecília, Inova, FOA, Hinja, Policlínica da FOA, CDVR (que é a clínica de hemodiálise)e o Instituto de Urologia e Nefrologia.
No total, entre profissionais da enfermagem da rede pública e privada, a medida determinada pelo prefeito Neto (PP) frustra cerca de três mil trabalhadores. Lembrando que a Câmara de Vereadores aprovou, na sessão da noite de ontem (dia 10) as mensagens 67/2023 e 68/2023 autorizando a suplementação e abertura de crédito no orçamento do Município para a correção dos valores relativos às quatro primeiras parcelas, que foram depositadas nos cofres do Município em 21 de agosto. O impasse está formado entre o prefeito e os profissionais da saúde.