Com a chegada do verão, a temporada de dias ensolarados e temperaturas elevadas, é comum a busca por atividades ao ar livre e momentos de lazer. Mas, é essencial lembrar que o aumento das temperaturas pode afetar a saúde vascular, tornando crucial a adoção de medidas preventivas.

Segundo a médica angiologista Gina Mancini, é preciso entender os cuidados necessários durante essa estação. “Embora algumas dessas doenças possam se manifestar desde o nascimento ou durante os primeiros anos de vida, todas são passíveis de controle regular, melhoria das consequências e até mesmo ausência destas. A prática regular de atividade física é apontada como um elemento-chave para o bem-estar vascular”, explica a especialista, eleita presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro para o biênio 2024/2025, após diversas participações em outras diretorias.

A médica destaca que o calor intenso pode impactar diretamente a circulação sanguínea, aumentando o risco de complicações em pessoas predispostas a doenças vasculares. “É importante compreender que as altas temperaturas podem causar dilatação dos vasos sanguíneos, agravando problemas existentes ou contribuindo para o surgimento de novos”.

Hidratação

Gina Mancini alerta para a importância de uma hidratação adequada. “Manter-se bem hidratado é fundamental para preservar a saúde vascular. A água auxilia na manutenção da viscosidade do sangue, facilitando a circulação”, sugere.

É necessário ficar atento aos sinais que o corpo envia. A médica destaca que inchaço nas pernas, sensação de peso, dor e formigamento podem ser indicativos de problemas circulatórios. “Não ignore esses sinais. Consulte um médico vascular para uma avaliação adequada. A detecção precoce é crucial para um tratamento eficaz”, aconselha.

Gina Mancini ressalta que essas doenças podem ser divididas em três áreas principais: arteriais, venosas e linfáticas, cada uma apresentando características distintas. As doenças arteriais comprometem a circulação que alimenta todos os tecidos do corpo humano e estão associadas a condições como Diabetes Mellitus, Dislipidemias, Hipertensão Arterial, Doenças Reumáticas e Tabagismo.

Por outro lado, as doenças venosas têm correlação com fatores como sexo, uso de hormônios, tipo de trabalho exercido, sobrepeso e falta de movimentação ativa. Já as doenças linfáticas surgem principalmente após lesões de pele e/ou unhas com infecção secundária, como Erisipelas, ou após a retirada de gânglios no pós-operatório de algumas cirurgias. “Embora a grande maioria das doenças vasculares não atinja a cura total, respondem muito bem ao controle regular, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento médico contínuo”, finaliza.

Foto: arquivo pessoal

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