Um homem de 38 anos foi preso em flagrante por policiais civis da 88ª DP, na tarde de terça-feira (dia 28), em Dorândia, distrito de Barra do Piraí. A prisão ocorreu em decorrência de uma agressão à sua esposa de 34 anos, cometida na noite da última segunda-feira (dia 27), quando a vítima retornava para casa com a filha do casal, uma criança de 7 anos.
O delegado titular da 88ª DP, Antonio Furtado, conduziu a apuração do caso. Segundo os depoimentos colhidos, o agressor que estava bebendo acompanhado de um vizinho, aguardava a chegada da esposa e, ao vê-la, iniciou uma série de xingamentos e difamações, suspeitando de uma infidelidade por parte dela. Em seguida, o homem jogou a esposa ao chão, arrastando-a pelos cabelos e causando lesões no ombro. O amigo do agressor teve que intervir para separar a briga, enquanto a filha do casal testemunhava a cena, pedindo para o pai parar de machucar a mãe.
Após as agressões, o homem expulsou a vítima de casa, forçando-a a passar a noite na residência de uma amiga. A mulher compareceu à 88ª DP na manhã seguinte para formalizar a denúncia. Em seu depoimento, ela negou as acusações de infidelidade, relatando que vinha sendo alvo de tais acusações sem qualquer base há algumas semanas.
Os policiais dirigiram-se à residência do casal, encontrando o suspeito e os pertences da vítima em completo estado de desordem, jogados no chão, numa tentativa dele de encontrar evidências do relacionamento extraconjugal. O agressor foi conduzido à delegacia, onde foi autuado pelos crimes de injúria, difamação, violência psicológica e lesão corporal, crimes que, somados, podem resultar em até sete anos e seis meses de prisão.
A vítima solicitou uma medida protetiva, a qual deve ser concedida nos próximos dias pela justiça. O agressor será submetido à audiência de custódia marcada para esta quarta-feira (dia 29), em Volta Redonda.
- “Até antes desse episódio, o acusado não tinha antecedentes criminais. No momento da prisão, ele se mostrou bastante arrependido por ter bebido, mas dizendo que a culpa não era dele, mas sim da mulher. Na maioria dos casos, é isso que escutamos dos agressores. As mulheres não são culpadas, mas sim vítimas de atitudes violentas. Trata-se de um episódio grave, que poderia ter tido um desfecho pior e com consequências irreversíveis. Segundo a vítima, que se demonstrou totalmente abalada com o ocorrido, o homem chegou a dizer semanas atrás que só não a mataria porque tinha amor à própria vida. Ou seja, ela convivia com um feminicida em potencial. A ida dele à delegacia e a prisão em flagrante foram essenciais”, concluiu.