A Prefeitura de Angra dos Reis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, decretou situação de surto de dengue nos bairros da Japuíba, Jacuecanga e Parque Belém. A decisão foi motivada pelo aumento no número de casos da doença em determinado período, um dos critérios técnicos para a definição de surto de uma doença.

Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde começou nesta quinta-feira (1º) a utilizar o fumacê somente nos três bairros com surto de dengue, um dos critérios do Ministério da Saúde para aplicar o inseticida no ambiente. No passado, o uso indiscriminado do fumacê fez com que o Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, da zika e da Chikungunha – criasse resistência à maioria dos inseticidas. Os que estão disponíveis para uso atualmente são eficientes. Por isso, o uso da técnica é feito de forma tão criteriosa e apenas em períodos emergenciais.


 É importante destacar que a cidade como um todo não está em situação de epidemia. O surto é um aumento inesperado de casos em um local específico (bairro). A epidemia ocorre quando essa propagação se estende para uma área maior (todo o município).

86% dos focos estão nas casas

O aumento nos casos de dengue ocorre em todo o Brasil. Somente no estado do Rio de Janeiro, foram mais de 17 mil registros neste primeiro mês do ano, número 12 vezes maior que o de janeiro do ano passado.

– Aqui em Angra temos observado a tendência de aumento desde setembro, quando começamos a intensificar as ações de comunicação. Precisamos muito da colaboração de todos, pois 86% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas das pessoas – diz o diretor de Vigilância em Saúde, Romário Aquino.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça que o cuidado diário sempre será a melhor maneira de combater a dengue. As principais ações contra o mosquito são simples e duram menos de 10 minutos: remover os pratos dos vasos de planta, virar garrafas para baixo, guardar pneus em locais cobertos, limpar as calhas, amarrar bem os sacos de lixo, manter a caixa d’água tampada e esvaziar recipientes de degelo em geladeiras, entre outras.

Diariamente, a Secretaria realiza ações de rotina para controle do mosquito transmissor. As principais são: visitas domiciliares, busca ativa de focos do Aedes, instalação de armadilhas para remoção de ovos do mosquito e ações educativas saúde. Em 2023, foram mais de 105 mil visitas domiciliares e uma média de 630 armadilhas instaladas por semana.

Sinais e sintomas: o que fazer

Em geral, o primeiro sintoma de dengue a surgir é a febre alta, que costuma durar de 2 a 7 dias. Outros são dor de cabeça, dores musculares, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas pelo corpo.

Se algum desses sintomas surgirem, a orientação é ir à unidade de saúde mais próxima e, principalmente, não tomar remédio por conta própria em nenhuma hipótese, pois isso pode agravar o quadro de saúde.

Um diagnóstico adequado e precoce é fundamental para evitar complicações decorrentes da forma grave da dengue, que inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

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