A administração municipal de Volta Redonda enfrenta mais um desafio na conclusão de obras dentro dos prazos estipulados. Dessa vez, o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Alzira Vargas do Amaral Peixoto, localizado no bairro Retiro, viu seu contrato com a empresa Kairos Arquitetura e Construções ser rescindido após um ano de licitação.

No dia 2 de julho, o Diário Oficial do Município publicou o extrato contratual com o termo de rescisão, sem que a Prefeitura tenha se pronunciado publicamente sobre os motivos que levaram a essa decisão. Um aditivo concedido em abril, que prorrogava o prazo de execução da obra por seis meses, não foi suficiente para garantir a permanência da construtora.

Inicialmente orçada em R$ 2,2 milhões, a obra visava proporcionar um ambiente mais adequado para os alunos, com uma construção ampla de mais de 1.500 m². O projeto incluía nove salas de aula, sala de informática, sala de reunião, refeitório e brinquedoteca, além de garantir acessibilidade conforme as normas vigentes e segurança com sistemas de combate a incêndio e pânico.

Atrasos afetam serviços públicos essenciais em Volta Redonda

Desde que reassumiu o governo municipal em 2021, o prefeito Neto (PP) de Volta Redonda iniciou um ambicioso programa de obras que, até o momento, acumula mais de 600 projetos. Contudo, mais da metade dessas iniciativas enfrenta ou enfrentou atrasos significativos, impactando principalmente os setores de Educação e Saúde.

Um dos casos mais emblemáticos é a reforma do Serviço de Pronto Atendimento (SPA) no Cais do Conforto. Fechado há exatos dois anos para reformas, a unidade deveria ter sido reinaugurada em abril de 2023. No entanto, as obras têm sido marcadas por interrupções frequentes e apenas agora se estima que poderão ser concluídas dentro de mais 30 dias, no mínimo.

O Cais do Conforto desempenha um papel importante na Rede de Urgência/Emergência da Cidade do Aço, oferecendo atendimento 24 horas em clínica médica para casos de urgência. Com seu fechamento temporário, os moradores da Zona Oeste da cidade têm enfrentado dificuldades adicionais, precisando se deslocar para hospitais como os do Retiro, São João Batista e Dr. Nelson Gonçalves (antigo Cais Aterrado).

Inicialmente orçada em R$ 681 mil, a reforma do SPA viu seus custos dispararem para cerca de R$ 1 milhão após ajustes no projeto, resultando em entraves burocráticos e financeiros que prejudicaram a continuidade dos trabalhos. Esse aumento de aproximadamente 47% no custo total da obra reflete os desafios enfrentados pela administração municipal na gestão eficiente dos recursos públicos.

Foto: arquivo/PMVR

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