Na última terça-feira (dia 29), o prefeito Neto (PP) se reuniu com a presidente da CBS Previdência, Mônica Garcia Fogazza Rego, para avaliar o progresso das obras de expansão do Sider Shopping. O destaque do encontro foi a construção da passarela panorâmica, uma iniciativa que promete impulsionar a economia local da Vila Santa Cecília.
Neto ressaltou a importância da Prefeitura como parceira no projeto, assegurando apoio para agilizar os trâmites junto à concessionária de energia Light. Entretanto, a situação nas ruas da região é bem diferente da expectativa gerada pelas reuniões de planejamento. Um morador de Volta Redonda expressou sua frustração diante do caos no trânsito, especialmente na área central do município.
“Reconheço os investimentos e valorizo o desenvolvimento da cidade, mas ao chegar na Vila Santa Cecília, me deparo com uma obra particular caótica. Não há suporte da Guarda Municipal, e as ruas são fechadas sem aviso prévio, gerando um verdadeiro caos no tráfego. A impressão que tenho é que são os motoristas das carretas que ditam as regras do trânsito”, desabafou, preferindo manter o anonimato.
Esse relato revela uma questão crucial: enquanto as melhorias urbanas são indispensáveis, o planejamento e a execução dessas obras devem ser tratados com seriedade. A expansão do Sider Shopping, que prevê um aumento no fluxo de visitantes de 700 mil para quase um milhão mensalmente, requer uma infraestrutura adequada para suportar esse crescimento. No entanto, os motoristas têm se desdobrado para contornar a falta de sinalização e a ausência de apoio das autoridades.
“Inacreditável”
Com uma área bruta locável que saltará de 11 mil m² para mais de 6.500 m², o Sider Shopping trará novas lojas, opções gastronômicas e um cinema renovado. “Tudo isso é incrível, mas o avanço do comércio não pode ser feito em detrimento do bem-estar dos moradores. A desorganização das obras e o fechamento de ruas sem aviso prévio mostram que o planejamento urbano precisa ser mais cuidadoso”, avaliou uma advogada que trabalha na Vila e enfrenta os transtornos diários causados pela obra.
“O caos no trânsito não deve ser o preço que pagamos pelo desenvolvimento. A gestão pública precisa dar a mesma atenção às necessidades dos moradores que concede aos grandes projetos”, concluiu.