No dia 12 de outubro, um grave episódio de bullying e agressão contra um menino de 12 anos foi denunciado pela mãe da vítima, Camila Marcos. O incidente, ocorrido entre as ruas 24 e 27, no bairro Vila Rica, em Volta Redonda, envolveu adolescentes e um adulto que agrediram o menino física e verbalmente.

De acordo com Camila, a identificação dos envolvidos foi possível graças a imagens de câmeras de segurança de uma academia próxima e à colaboração de vizinhos. “Conseguimos identificar alguns dos autores e já entregamos os nomes ao delegado. Não posso e não vou deixar que esse caso passe em branco. Recebi vários relatos de mães que enfrentam situações semelhantes com seus filhos. Precisamos registrar cada ocorrência na delegacia para dar um basta a esse tipo de violência”, afirmou.

O delegado Vinícius Coutinho, da 93ª DP, está à frente das investigações e confirmou que os envolvidos serão intimados para prestar depoimento. “O caso foi registrado, e a mãe da vítima já foi ouvida para ajudar na identificação dos infratores. Ao final das investigações, os responsáveis podem responder por atos análogos a injúria, perseguição, lesão corporal e intimidação sistemática. Dependendo do caso, eles podem ser punidos com medidas socioeducativas”, explicou Coutinho.

Entenda o caso

Segundo Camila, o menino foi convidado por colegas para uma brincadeira na quadra, mas o que parecia ser um encontro amigável logo se transformou em um episódio de violência. Testemunhas e imagens de segurança mostraram que os agressores, que não são moradores do bairro, aparentam ser maiores de idade.

Durante o ataque, o menino foi alvo de insultos e recebeu apelidos pejorativos como “gordo”, “obeso” e “vovózona”. A situação agravou-se quando ele foi derrubado ao chão e agredido com pedaços de madeira, atingindo seu abdômen e costas, o que lhe causou forte abalo emocional e físico. “É uma situação muito triste. Havia adultos no local que nada fizeram para ajudar. Estou pedindo a Deus sabedoria para conduzir essa situação e que os responsáveis respondam por seus atos”, desabafou Camila.

O menino, que tem autismo, hipertensão, problemas cardíacos e TDAH, sofreu um impacto profundo com o episódio. “Ele voltou para casa molhado após ser jogado no chão e encharcado com água. A pressão arterial dele subiu de forma preocupante, e precisamos adiantar consultas médicas e buscar apoio psicológico”, relatou a mãe, ainda muito abalada.

Para identificar os culpados, a família buscou informações com testemunhas e vizinhos. Um vendedor de caldo de cana tentou intervir durante o ataque, mas os agressores conseguiram fugir. Camila registrou um boletim de ocorrência e espera que as autoridades usem as imagens de segurança para identificar os responsáveis. “Violência e bullying são crimes graves. Precisamos construir uma sociedade onde esses comportamentos sejam inaceitáveis. É essencial que os jovens entendam as consequências de suas ações”, afirmou Camila.

Imagem ilustrativa

1 COMENTÁRIO

  1. No início da matéria diz que ninguém tentou intervir, daí no final da matéria aparece que o vendedor de caldo de cana tentou intervir… Vai entender esses jornalistas.

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