Duas promessas de campanhas passadas voltaram a ganhar destaque no discurso do prefeito Neto (PP): a reabertura do Escritório Central e a instalação de uma Universidade Pública de Medicina em Volta Redonda. Em entrevista a uma rádio local na quinta-feira (dia 3), o prefeito reafirmou o interesse em transformar o prédio icônico da Vila Santa Cecília em um espaço multifuncional e demonstrou otimismo sobre uma negociação entre o governo do estado e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
“O Escritório Central tem solução”, garantiu Neto, apostando na articulação do governador Cláudio Castro (PL) para que o Estado assuma o imóvel. Segundo ele, há possibilidade de um acordo em que a CSN cederia o prédio em troca da compensação de uma dívida com o governo estadual. “Acredito muito que essa negociação vai acontecer”, afirmou.
Plano para o imóvel
A proposta inicial prevê que os três primeiros andares do prédio sejam utilizados como estacionamento, com 350 vagas. Já outros três pavimentos abrigariam a Universidade Pública de Medicina, um projeto que Neto já havia incluído em planos de governo anteriores, mas que até hoje não se concretizou.
Além desses usos, o edifício poderia receber repartições públicas e empresas, tornando-se um espaço estratégico para a cidade. Para viabilizar a reestruturação do prédio de 16 andares, a prefeitura aposta na utilização de estrutura metálica, acelerando as obras e evitando impactos na construção original.
Histórico de tentativas
A possível reabertura do Escritório Central não é novidade. Em outubro de 2023, Neto chegou a sugerir abrir mão da arrecadação do IPTU do prédio – cerca de R$ 500 mil por ano – como forma de viabilizar um acordo com a CSN. No entanto, as negociações não avançaram.
O ex-prefeito Samuca Silva (PSDB) também demonstrou interesse na aquisição do imóvel, que, segundo avaliação da época, poderia ultrapassar R$ 110 milhões. O plano do então gestor previa a criação de um Centro Estratégico Municipal, reunindo órgãos públicos, setores da Prefeitura e empresas.
Prédio icônico
Inaugurado em abril de 1966, durante o Jubileu de Prata da CSN, o Escritório Central já foi um dos principais centros administrativos da empresa. Com dois auditórios, escadas rolantes, cinco elevadores, cozinha, cantina, refeitório, ar-condicionado central, garagem subterrânea e até um heliporto, o espaço chegou a abrigar mais de cinco mil funcionários.
Agora, mais uma vez, a reabertura do prédio e a instalação da universidade voltam ao centro do debate político, enquanto a cidade aguarda um desfecho concreto para essas promessas.
Histórico de promessas e impasses nas negociações
Para quem não lembra, em setembro do ano passado, às vésperas das eleições municipais, Neto, então candidato à reeleição pelo Partido Progressista (PP), voltou a prometer grandes projetos para Volta Redonda. Durante um encontro promovido pela Associação Comercial, Industrial e Agropastoril (Aciap-VR), ele mencionou o interesse na área do Recreio do Trabalhador, no Versátil Clube (no bairro Siderópolis) e até na reabertura da Floresta da Cicuta, uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) com uso restrito.
Apesar das promessas, as tratativas não avançaram. Exemplo disso foi a recente oferta da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio), que propôs pagar R$ 60 milhões à vista pelo Recreio do Trabalhador, sem obter resposta da CSN. O episódio reforça as dificuldades em negociar com a companhia presidida por Benjamin Steinbruch e levanta dúvidas sobre a viabilidade das propostas feitas pelo prefeito.
Privatizaram a CSN e a CSN ficou com escritório central, recreio do trabalhador e fechou tudo. E a cidade ficou sem. Porque não transformar o escritório central em uma centro cultural, já que Volta Redonda não tem um centro cultural, como em muitas cidades têm? Fiz vários cursos em dois centros culturais existentes em Balneário Camboriú. Tinha aulas de música, como mó violão, violino, flauta, canto, etc…Além de aulas de cerâmica, pintura, inglês, tear, computação, e mais cursos. Seria ótimo para a cidade.
Todo ano essa mesma LADAINHA.
Na rua 33 mesmo tem 4 hotéis onde moravam alguns empregados solteiros.A CSN não vende e/ou aluga os mesmos.
Centro cultural pode ser no Recreio vamos formar médicos da oportunidade a filhos de trabalhadores está é a hora de ajudar daqui a pouco não teremos mais prefeito como Neto para ajudar a nossa região não só VR.
Mais uma conversar para boi dormir escuto está novela a muito tempo vai ser Universidade vai ser hospital vai ser tudo é no final al a VAN fala não vai ser nada vai o elefante branco é o prefeito fazendo mais uma novela é igual às obras que estão todas paradas
Eu acho quase impossível, o dono da CSN negociar o Escritório Central ou outro imóvel qualquer com o Estado ou Município de Volta Redonda.Todos nós (mais velhos)sabemos que a família do Benjamin comprou a CSN com todo seu patrimônio em Volta Redonda-RJ e no Brasil, com moeda podre na privatização,oque foi um grande prejuízo para a nação e para Volta Redonda-RJ. Hoje ele pode deixar tudo abandonado desse jeito.