O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em investigação no âmbito da atribuição originária criminal do procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, por envolver agente político com foro por prerrogativa de função, cumpriu, nesta terça-feira (dia 10), seis mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas. A ação integra a sexta fase da Operação Rodeio, que apura fraudes em processo licitatório para a contratação de empresa especializada na locação de veículos pela Prefeitura de Engenheiro Paulo de Frontin, na Região Centro-Sul Fluminense.
Nesta fase, o procurador-geral de Justiça, por meio da Assessoria de Atribuição Originária Criminal (AAOCRIM/MPRJ), denunciou à Justiça 11 pessoas pelos crimes de frustração do caráter competitivo de licitação.
Os mandados, expedidos pelo 2º Grupo de Câmaras Criminais, foram cumpridos nos bairros do Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca e Jacarepaguá. A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Coordenadoria de Inteligência da Investigação (CI2/MPRJ).
As investigações do MPRJ se baseiam em elementos de prova obtidos a partir de diligências diretas do MPRJ, incluindo medidas cautelares de busca e apreensão, além da quebra de sigilos telefônico e telemático. As conversas extraídas de aplicativos de mensagens revelam o conluio entre agentes públicos e empresários beneficiados pelo direcionamento da licitação. De acordo com a denúncia, os alvos dos mandados desta terça-feira atuaram de forma eficaz para fraudar e frustrar a competitividade do certame licitatório.