A 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Barra Mansa obteve, na última quarta-feira (dia 5), a condenação de Franklin Damasio do Espírito Santo a 22 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e furto. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Franklin, primo da vítima Lorenzo Eduardo Terra Avelino, cometeu o crime em razão de uma dívida que mantinha com o jovem.
A brutalidade do caso chocou a cidade de Barra Mansa. O corpo da vítima foi encontrado pelo pai, no banheiro da residência, com múltiplas marcas de marteladas no crânio e no rosto. Após o homicídio, o acusado furtou pertences da vítima, entre eles um videogame Xbox, e fugiu do local utilizando um carro de transporte por aplicativo.
O caso foi elucidado por meio da análise de imagens de uma câmera de segurança de um vizinho, que registrou toda a movimentação na casa e demonstrou que o acusado foi a última pessoa a sair do quarto de Lorenzo, o qual permaneceu trancado até o momento em que o pai da vítima chegou e o encontrou sem vida, horas depois do crime.
Após mais de 12 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Barra Mansa acolheu integralmente a tese do Ministério Público e condenou o réu nos exatos termos da denúncia, com fundamento no artigo 121, §2º, incisos I, III e IV, e no artigo 155, caput, c/c artigo 69, todos do Código Penal.
Famílias de Barra Mansa realizam ato público para pedir paz e contra a progressão de pena em crimes brutais
Na noite da terça-feira (dia 4), aconteceu na Praça da Igreja Matriz de São Sebastião, no Centro, um ato clamando por paz e em homenagem ao jovem Lorenzo.
Aberto à comunidade, a iniciativa levou o lema #justiçaporlorenzoeportodasasvítimas e buscou unir pessoas em torno do combate à impunidade e contra a progressão de pena. A manifestação reuniu dezenas de pessoas.
Na ocasião, o pai de Lorenzo, Milton Leonardo Avelino destacou a importância de leis mais rígidas sem progressão de pena em crimes brutais. “É preciso que as famílias tenham respostas mais contundentes, as leis não podem passar a visão que o crime compensa e permita a saída de condenados com poucos anos de prisão”, comunicou.
A família do jovem criou um abaixo assinado na internet que já conta com mais de 27 mil assinaturas e está disponível através do link https://www.change.org.
Sobre o abaixo assinado, Milton relatou que é fundamental divulgar amplamente. “Nosso desejo é que a nossa voz seja cada vez mais forte e possamos, quem sabe, chegar a Brasília com essa iniciativa, afim de que vidas sejam poupadas, através de leis mais rigidas. Continuaremos buscando justiça para as famílias de vítimas com crimes brutais”, enfatizou.
O ato foi o segundo realizado no mesmo local, em novembro de 2023, familiares de Lorenzo e de outras vítimas, também haviam feito uma manifestação pedindo paz e justiça.
Foto: Divulgação












































