A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Idosos e Direitos Humanos (Smidh), manteve a assistência à mulher vítima de violência desde o início das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, ao final de mês de março. A campanha “Você não está sozinha. Ainda distantes, estamos juntas” divulga os números de telefone da Central de Atendimento à Mulher, 180; da Polícia Militar, 190; e do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), 3339-9025 ou 3339-9215; para que as denúncias possam ser feitas sem sair de casa.
Para garantir o atendimento presencial, a equipe do CEAM, formada por psicóloga, assistente social e advogada, trabalha em sistema de revezamento por conta da circulação do novo coronavírus, na sede da secretaria, na Rua Antônio Barreiros, nº 232, Nossa Senhora da Graças, das 9 às 17h. Vale lembrar que a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), que atua em parceria com Smidh, retomou o atendimento presencial no último dia 06 e ainda oferece a opção de fazer os registros de ocorrência pela Internet.
O município tem o CEAM; a Central de Atendimento; a Patrulha Maria da Penha, que no momento também atua nas barreiras sanitárias que controlam o acesso de veículos de outras localidades a Volta Redonda; a Casa Abrigo para mulheres em risco de vida; o projeto de defesa pessoal “Eu me amo, eu me protejo”, que consiste em aulas de luta, adaptadas para a defesa pessoal de mulheres em situações de assédio, abuso e agressão, no Cemam (Centro Municipal de Artes Marciais), suspenso por conta da pandemia; além da DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher).
A coordenadora do CEAM, Ludmila Aguiar de Assis, contou que a pandemia provocou uma reinvenção na maneira de ofertar a assistência. “Para mostrar os serviços oferecidos pela secretaria e deixar claro que o atendimento não foi interrompido, fizemos campanhas online”, disse Ludmila, acrescentando que, ainda assim, os atendimentos entre os meses de abril e junho não ultrapassaram 100 mulheres.
“O número, considerado baixo, pois esse total podia ser registrado em apenas um mês antes da pandemia, pode estar relacionado com a queda de 50% dos registros de ocorrência na DEAM neste período. Apesar de oferecer atendimento de porta aberta, grande parte da nossa assistência se refere a encaminhamentos da DEAM”, afirmou a coordenadora do CEAM, pedindo que a continuidade do serviço seja amplamente divulgada pela população em geral. “Quem observar um caso de violência contra a mulher deve denunciar ou incentivar a vítima a procurar assistência especializada”.