A operação da Polícia Civil de Barra Mansa deflagrada na manhã desta segunda-feira (dia 8), para deter suspeitos de tráfico que expulsaram moradores de um condomínio do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no bairro Paraíso de Cima, resultou na detenção de 60 pessoas, com três delas sendo presas em flagrante por tráfico e associação para o tráfico. 60 policiais civis de delegacias da região e policiais militares participaram da operação.

Os detidos foram encaminhados ao Parque da Cidade, que fica próximo a delegacia da cidade. Eles poderão ser investigados por usurpação de imóvel e associação para o tráfico.

Órgãos da prefeitura de Barra Mansa, como a Subprefeitura da Região Leste, as secretarias de Manutenção Urbana, Habitação e Interesses Sociais, Assistência Social e Direitos Humanos, a Procuradoria Geral do município e Saae-BM também apoiaram as diligências. Foram utilizados na ação 30 viaturas, um caminhão e um ônibus.

Segundo o delegado Ronaldo Aparecido, a operação teve caráter emergencial, em função do crescente número de vítimas registrado nos últimos dias. “Nosso intuito é resgatar a dignidade dos moradores que foram expulsos de suas casas por traficantes, que estão tentando implementar um sistema semelhante ao ocorrido no bairro Roma, em Volta Redonda, inclusive com a ostentação de armas de fogo. Mas, não conseguirão. Vamos permanecer aqui o tempo que for necessário. Se preciso, ficaremos o ano todo. A Prefeitura, o Governo do Estado, as Polícias Civil e Militar, assim como a Guarda Municipal, estão a serviço da população. O tráfico não vai se estabelecer”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, a operação resultou na condução de cerca de 60 pessoas para o Parque da Cidade, a fim de que a 90ª DP possa realizar os procedimentos pertinentes. “Três delas foram autuadas em flagrante por associação ao tráfico de drogas. As demais serão ouvidas e investigadas já que pesa contra elas a acusação de esbulho (usurpação do imóvel) e associação ao tráfico de entorpecentes.

Os imóveis do Minha Casa Minha Vida foram entregues às famílias no dia 18 de dezembro de 2020 e segundo informações da Polícia Civil teriam sido tomados das famílias por traficantes ligados a uma facção criminosa com a finalidade de manter o controle visual de todas as ruas de acesso ao bairro. As unidades estavam sendo utilizadas para endolação, armazenamento de drogas e armas, a mando do suposto chefe local do tráfico, preso no sistema prisional do Rio de Janeiro.

Durante a ação, a Subprefeitura auxiliou na retirada de mobiliários e eletrodomésticos das unidades invadidas e na pichação das paredes.

O comandante da Guarda Municipal, Paulo Sérgio Valente, afirmou que uma viatura da corporação será mantida no local em apoio as demais forças de segurança com a finalidade de manter a integridade física dos moradores e fazer valer o cumprimento da lei.

O secretário de Habitação e Interesses Sociais, Alberto Almeida Carneiro, ressaltou que o órgão está agindo na defesa das famílias que foram contempladas com os imóveis do Minha Casa Minha Vida. “É uma questão social. Essas pessoas enfrentaram dias de chuva e de sol, cumpriram as exigências do programa para terem acesso à casa própria. Nós, da Secretaria e da Prefeitura, vamos defender o direito dessas famílias”. Foto: Paulo Dimas/PMBM

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