Neste domingo (dia 1º), Volta Redonda teve, assim como outras cidades pelo país, manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro e do “voto impresso auditável”, pauta antiga do Palácio do Planalto e de seus apoiadores. Em Volta Redonda, a agenda de manifestações foi organizada pelo movimento “Vem para Direita”.
Vestindo camisas amarelas e da seleção brasileira, os manifestantes percorreram as ruas da Vila Santa Cecília, acompanhados por um trio elétrico. Apesar das críticas do presidente às medidas de prevenção à Covid-19, a maioria dos presentes usava máscaras de proteção. Em cima do trio, os organizadores do ato gritavam palavras de ordem e apoio a Bolsonaro. “O presidente fala a verdade, o presidente tem coragem, o presidente não tem vergonha de fazer as coisas certas e não faz as coisas erradas”.
Insuflando seus apoiadores, na última quinta-feira (dia 29), o presidente Jair Bolsonaro defendeu a utilização do voto impresso nas próximas eleições. Durante transmissão pelas redes sociais, Bolsonaro exibiu vídeos antigos de eleitores que foram às urnas em eleições anteriores e que supostamente identificaram indícios de fraudes na urna eletrônica. Neste mesmo dia, o presidente havia prometido revelar provas destas fraudes, o que não ocorreu. “Voto impresso auditável e contagem pública dos votos é um instrumento de cidadania e paz social, garantia de paz e prosperidade, de harmonia entre os Poderes”, disse
Apesar da pressão de Bolsonaro e de seus apoiadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a discussão do voto impresso é “uma perda de tempo”. Na mesma toada de Lira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, rebateu as críticas de Bolsonaro. “Toda eleição no Brasil tinha a suspeição da fraude, aquelas mesas apuradoras com contagem manual de votos, os votos apareciam e os votos desapareciam”, afirmou. “Desde 1996, jamais se documentou, na vida brasileira, um episódio de fraude. Não há razão para se mexer em time que está ganhando”, disse Barroso. Foto: Movimento Vem para a Direita