Os últimos dias foram de tensão na Usina Presidente Vargas, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), principalmente com a proximidade da data-base de diversas categorias. Há dois anos sem reajuste, os trabalhadores da empresa anseiam por recuperar as perdas desse período.
Na terça-feira (dia 5), os engenheiros da empresa aprovaram a pauta de reivindicações da categoria em assembleia realizada pelo Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda (Senge-VR). O documento foi encaminhado à CSN, junto com a solicitação de início imediato das negociações do Acordo Coletivo 2022.
“A empresa já recebeu a pauta de reivindicações e solicitamos o início das negociações com urgência, para que possamos dar uma resposta aos trabalhadores o quanto antes”, explicou o presidente do Sindicato, Fernando Jogaib.
Entre os itens da pauta, consta o reajuste salarial com aumento real, a partir de 1° de maio, no percentual de 30%. O percentual, segundo o Senge, representa as perdas do poder de compra nos últimos três anos.
A entidade também defende a aplicação do piso salarial profissional de 8,5 salários mínimos, três salários de abono pelas perdas anos anteriores e o retorno do plano de saúde nos moldes do Bradesco Saúde, com abrangência nacional.
A pauta aprovada também prevê um cartão alimentação de R$ 900, com um crédito adicional de R$ 1.800 em dezembro.
PPR
Quanto ao PPR, o documento aprovado pelos trabalhadores solicita a instituição do pagamento na vigência do acordo, com metas, critérios e valores a serem debatidos pelos trabalhadores e o sindicato. Com relação ao ano de 2021, a cláusula prevê a distribuição de 25% do lucro líquido aos engenheiros, representando 2,6 salários.
“Temos uma pauta com os itens fundamentais aos trabalhadores e que compensam por quase três anos sem qualquer reajuste. Lembrando que mesmo com a pandemia, a CSN obteve lucros extraordinários e, nada mais justo que os trabalhadores recebam pelo seu empenho”, finalizou Jogaib.