A Fundação Oswaldo Aranha – FOA em parceria com a Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Vigilância Ambiental, proporcionou nesta quarta-feira (20), a palestra “Aedes Aegypti e a Transmissão de Arboviroses – Como Combater”, sobre prevenção à dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito. O encontro foi promovido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, e foi dividido em duas partes: teórica, ministrada pela coordenadora Janaína da Soledad Rodrigues; e ações práticas, com as equipes do órgão municipal vistoriando diversos locais do campus Olezio Galotti, em Três Poços.

A palestra ocorreu no Centro Histórico-Cultural Dauro Peixoto Aragão e teve como público alvo funcionários da instituição envolvidos diretamente na manutenção do campus e que têm contato com restos de obras, excesso de folhagens e lixo jogado no chão, que podem acumular água e transformar em potenciais criadouros do mosquito. O objetivo do encontro foi a conscientização e prevenção das doenças, em especial a dengue, mostrando os seus aspectos e sintomas. Foram ainda apresentadas dicas de como prevenir, mantendo a casa limpa; evitar criadouros com o acúmulo de água; colocar areia nos vasos de plantas; não despejar lixo em córregos ou riachos; usar repelentes e inseticidas, entre outras. São 10 minutos por semana que podem salvar vidas.

A coordenadora da Vigilância Ambiental destacou que, atualmente, circulam na região Sul do estado os quatro sorotipos existentes da dengue, sendo que os considerados mais graves – tipos 2 e 3 -, voltaram a ser notificados pela Secretaria Municipal de Saúde, após 15 anos com registro de poucos casos em Volta Redonda. Esses dois sorotipos evoluem com mais intensidade para o quadro grave, que é a dengue hemorrágica. “O tratamento da dengue é sintomático, mas o vírus pode evoluir rapidamente e causar a morte. A vacina ainda não está disponibilizada à população, apesar de aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Dessa maneira, a única forma de evitar os casos de dengue é eliminando o mosquito transmissor”, alertou Janaína.

O jardineiro do campus Olezio Galotti, João Paulo, disse que “sempre estou prestando atenção nos objetos encontrados nos jardins, pois já tive dengue e não desejo para ninguém. A atenção de todos da jardinagem é voltada para a eliminação de possíveis criadouros e depois dessa palestra o cuidado vai ser maior ainda”, disse.

De acordo com o presidente da Cipa, Juliano Sá, que também é técnico em Segurança do Trabalho, a palestra foi muito proveitosa e informativa: “Serviu como aprendizado, fomentando o conhecimento para a prevenção e eliminação de focos do mosquito, não só para o Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, mas para que os funcionários se tornem multiplicadores e levam as informações para as suas casas e entorno”, afirmou.

Dados recentes sobre a dengue
Em 2023, a cidade do Rio bateu recorde de casos dos últimos sete anos, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde. Mesmo antes do mês de dezembro acabar, a capital já teve mais de 20 mil casos da doença. São quase cinco vezes mais do que no ano passado inteiro, que teve cerca de 4,6 mil casos. Até o momento, foram registrados 39.369 casos em todo o estado. Em 2022, foram 9.926 casos para o mesmo período.

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