Antes de completar um ano de implantação, o sistema de reconhecimento facial da Secretaria de Estado de Polícia Militar já auxiliou policiais militares a efetuarem 400 prisões. A marca expressiva foi atingida na Avenida Brasil na tarde deste sábado (16/11) por policiais militares do 22º BPM (Maré), que prenderam um homem com mandado de prisão expedido pela Justiça por roubo.
Implantado pela Secretaria de Estado de Polícia Militar no último réveillon, inicialmente a partir da área de Copacabana, o software de reconhecimento é acoplado a câmeras de monitoramento urbano e interligado aos bancos de dados de mandados de prisão do Tribunal de Justiça e de pessoas desaparecidas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
O software tem funcionado como uma importante ferramenta para a área de segurança pública, facilitando a abordagem de pessoas com mandados de prisão em aberto que circulam em diversos bairros da capital, especialmente em áreas turísticas. E, há dois meses, um excelente dispositivo para localizar pessoas desaparecidas.
A marca de 400 prisões é superior a 10% de todos os mandados de prisão cumpridos pela Polícia Militar entre janeiro e meados de novembro deste ano, em todo o território estadual.
Para o secretário da SEPM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, trata-se de um percentual muito significativo.
– O número de prisões demonstra a eficácia dessa nova ferramenta para retirar criminosos de circulação, lembrando que o sistema está em funcionamento ainda numa área restrita da capital do estado – afirma ele.
Dos 400 mandados de prisão, 204 foram por descumprimento de decisão judicial por não pagamento de pensão alimentícia (51,1%); 77 por roubo (20%); 32 por tráfico de drogas (8%); 19 por furto (4,8%); 14 por homicídio (3,5%); 08 por associação para o tráfico (2%); 06 por estelionato (1,5%); 05 por violência doméstica (1,3%); e 04 por estupro de vulnerável (1%).
SISTEMA LOCALIZA O PRIMEIRO DESAPARECIDO
No dia 11 de novembro último, policiais militares do programa Segurança Presente da Tijuca localizaram o primeiro desaparecido com auxílio do sistema de reconhecimento facial.
Trata-se de um rapaz de 28 anos, que, desiludido com o fim de seu casamento, deixou sua casa em Queimados, na Baixada Fluminense, e decidiu viver na rua para desespero de seus pais. O desaparecimento foi registra dia 7 de novembro, quatro dias antes.
O software de reconhecimento facial acoplado a uma câmera urbana da Tijuca acusou a presença do desaparecido caminhando no bairro. Acionados pela central de monitoramento, policiais militares do Segurança Presente localizaram o rapaz e o conduziram para 19ª DP (Tijuca). O pai foi avisado e levou o filho para casa.
Ao deixar a 19ª DP, o pai do rapaz agradeceu muito pelo empenho de todos: da equipe de monitoramento instalada no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle), aos policiais militares que o localizaram e aos policiais civis que avisaram à família.