Um ofício circular endereçado ao Corpo Clínico, com data do dia 26, expôs parte da crise financeira que atravessa a Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa. O documento assinado pelo provedor da Santa Casa, Getúlio José Pereira, revela que os pagamentos dos plantões do Pronto-Socorro, rotinas de ortopedia e sobreavisos referentes ao mês de outubro não foram efetuados.
Uma das razões para a instituição filantrópica não cumprir os compromissos seria o atraso no depósito da verba de responsabilidade do governo municipal. “Com o advento do atraso pelo terceiro mês consecutivo do repasse de complementações oriundo do Poder Público Municipal, estamos ora impossibilitados de cumprir com o compromisso para com o nosso Corpo Clínico no período devido”, revela o ofício, que cita ainda o esforço para “nivelar todos os compromissos pecuniários do hospital” com profissionais médicos, colaboradores técnico, administrativos e insumos.
A reportagem da Folha do Aço questionou as assessorias de imprensa da prefeitura de Barra Mansa e da Santa Casa de Misericórdia sobre os valores do repasse, mas não obteve resposta.
Outro lado
Na tarde de sexta-feira (dia 29), a Santa Casa emitiu nota oficial esclarecendo “que em virtude da difícil situação financeira que aflige as instituições filantrópicas da área da saúde em todo país, o hospital vem buscando incessantemente soluções para minimizar esta realidade, contratando profissionais capacitados e buscando implementar as melhores práticas de gestão”.
O comunicado salienta que “as contratações feitas pela Instituição sempre buscam uma melhoria em sua administração e, consequentemente, um melhor atendimento aos seus usuários, sendo o único hospital da cidade que faz atendimentos, pelo SUS, de média e alta complexidade tais como: cirurgias, atendimento oncológico, cardiológico, hemodiálise, entre outros. Todas as contratações são realizadas de acordo com o praticado no mercado”
Foto: Foco Regional