Um homem de 67 anos morreu no interior de uma drogaria na Rua Antônio de Almeida, no bairro Retiro, na tarde desta quinta-feira (dia 19). Segundo relatos, ele havia deixado o Hospital do Retiro, após passar por triagem e ser classificado no risco amarelo, que significa paciente para atendimento de urgência.
Nestes casos, o protocolo do Sistema Único de Saúde (SUS) indica que o paciente pode esperar até uma hora para ser atendido por um médico. Alegando fortes dores no peito, o paciente não chegou a receber atendimento.
Ele deixou a unidade administrada pela Organização Social Mahatma Gandhi e dirigiu-se à Rua Antônio de Almeida para comprar um medicamento. Chegando à drogaria, o idoso sentiu-se mal e morreu no interior da loja.
A unidade da Drogaria Retiro chegou a ser fechada enquanto o corpo permanecia no local aguardando a remoção para o Instituto Médico Legal (IML) de Três Poços. A causa da morte ainda será esclarecida, mas a suspeita é que ele tenha sofrido um infarto.
Na rede social
Numa rede social, uma mulher contou que estava no hospital no momento em que o homem procurou atendimento. Segundo ela, ele teria relatado que estava sofrendo um ataque cardíaco e que precisava ser atendido com urgência.
Ao site Foco Regional, o diretor médico do Hospital do Retiro, Paulo Baltazar, confirmou que o idoso – segundo ele, diabético e com histórico de hipertensão – ao passar pela triagem recebeu a classificação “amarelo”. Ainda conforme o diretor, no atendimento não consta que ele estivesse se queixando de dores no peito, o que mudaria a classificação para “vermelha”, priorizando o atendimento.
“A pressão dele foi aferida e apontou 16 por 8, o que, para uma pessoa hipertensa, embora ligeiramente aumentada, não é anormal. Ele não reclamou de dores”, assegurou Baltazar.
Ainda segundo o diretor, pacientes com a classificação amarela estariam sendo atendidos no Hospital do Retiro, em média, em meia hora, o que, acrescentou, está dentro do preconizado também pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Ele foi chamado diversas vezes pelo médico, mas não apareceu. Ao sair do Acolhimento, ele deixou o hospital. Depois chegou a informação de que ele havia morrido na farmácia”, explicou.
Baltazar disse também não ter registro de que o idoso estivesse acompanhado ao chegar ao hospital.
Esse caso fica na conta do hospital do Retiro com toda sua equipe manchada.
Desculpa terá um monte, porém é fato que o homem morreu por falta de atendimento correto.
Essa morte está na conta de toda equipe do hospital e ponto final.