O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable (DEM), durante a semana, fez uma série de postagens nas redes sociais exaltando os protocolos de prevenção à Covid-19 que serão adotados pelas escolas do município. A volta às aulas, em sistema híbrido, acontece na segunda-feira (dia 1º), com atividades realizadas de forma presencial e também online.

Na última terça (dia 23), o PreFace, como é chamado por opositores e desafetos em alusão ao seu intenso trabalho de promoção pessoal na internet, visitou cinco escolas: Clécio Penedo, localizada no bairro Nova Esperança; Leonel Brizola, no bairro Vista Alegre; Centro Educacional Integrado (CEI), no Centro; Escola Moacyr Chiesse, no bairro Cotiara; e Escola Estadual Municipalizada de Rialto. A comitiva também visitou o Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (Cemae), no Centro.

No tour que fez acompanhado de integrantes da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, Drable se mostrou entusiasmado com as ações adotadas por sua administração a fim de conter o vírus no retorno de alunos e professores às salas de aula. “Visitar as escolas e ter a oportunidade de ver o trabalho da equipe é gratificante. Existe o receio de como será a volta às aulas nesse modelo, mas nós já percebemos que com o envolvimento de todos e com as ações adotadas já temos a repercussão esperada”, pontuou.

Apesar da declaração em tom otimista, professores da rede municipal que foram testados na quarta-feira (dia 24), não presenciaram a suposta “repercussão esperada” pelo chefe do Executivo. Isso porque, segundo relato compartilhado nas redes sociais por uma professora, os servidores públicos da Educação, que no ano passado se desdobraram em suas funções, foram submetidos a aglomerações, filas e, até mesmo, pressão psicológica para realizarem o exame para a Covid-19.

“Profissionais da Educação em uma fila gigantesca, no sol, fazendo volta no quarteirão. Até que abriram a quadra para alocar todo mundo. 150 pessoas marcadas por hora. Tumulto e aglomeração, sem banheiro, sem água. Pressão psicológica ao dizer que o teste era obrigatório e quem não o fizesse ficaria impedido de ir trabalhar e sem salário. Muitos testes positivos e assintomáticos”, relatou a educadora.

A testagem dos profissionais havia sido dividida em etapas para, de acordo com a prefeitura, evitar justamente as aglomerações. Segundo o protocolo definido, cada profissional deveria se dirigir até a escola onde leciona e, após ser convocado, ir até o Centro Educacional Integrado (CEI), onde a testagem seria aplicada. A medida, mesmo considerada improdutiva por conta do deslocamento desnecessário entre escolas, foi acatada pelos professores, que compareceram conforme o horário marcado.

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