Após o registro de mais um grave acidente na Rodovia do Contorno, em Volta Redonda, o empresário e engenheiro Mauro Campos Pereira, responsável técnico pelo empreendimento Jardim Mariana, declarou à Folha do Aço que procurou, por diversas vezes, tanto o atual governo municipal como a gestão anterior solicitando providências naquele trecho, que tem registrado uma série de ocorrência com vítimas.
“No governo anterior, procurei o prefeito Samuca e o então secretário da Secretaria de Trânsito e Mobilidade Urbana (STMU) e encaminhei um abaixo assinado dos moradores pedindo providências. Nós, mesmo tendo construído um trevo sem exigência da Prefeitura ou do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), já prevendo a possibilidade de acidentes naquele local, encaminhamos um abaixo assinado da comunidade, que hoje conta com mais de 700 moradores. Infelizmente, o governo Samuca preferiu fazer quebra-molas lá no trevo com a Avenida dos Metalúrgicos, próximo ao Vila Rica, e no entroncamento da antiga 393, próximo ao Santo Agostinho, ignorando nossas solicitações”, disparou Mauro Campos.
No atual governo, o empresário também não teve sucesso em sua solicitação, segundo ele. “Procuramos o atual secretário da STMU, Paulo Barenco, entregamos novamente todos os documentos alegando para os mesmos perigos, já que ali é uma reta onde as carretas passam com excesso de velocidade. Infelizmente, o secretário preferiu criar caso com a gente, foi ao Dnit, foi ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem), fez uma palhaçada, não tem outra classificação, ao invés de se preocupar com as vidas de Volta Redonda”.
De acordo com Mauro Campos, o atual prefeito Neto (DEM) também foi procurado, mas como seu subordinado, também teria ignorado o assunto. “Temos técnicos querendo criar caso com a maior empresa construtora de Volta Redonda, que gera milhões de impostos, milhares de empregos, por vaidade. Na semana passada morreu uma senhora, hoje (dia 28) foi uma batida de carretas e amanhã serão mais mortes. Tá na hora de ter um pingo de responsabilidade ao invés de ficar prejudicando empresas de todos os setores, talvez para beneficiar outras que venham de fora. Não sei qual é o interesse de tentar prejudicar as empresas de Volta Redonda”, questionou.
O acidente desta terça-feira é o terceiro em menos de uma semana no mesmo local. O primeiro deles fez uma vítima fatal, uma idosa de 62 anos, que teve sua moto atingida por uma carreta. A neta dela, uma menina de 11 anos, ficou ferida. No dia seguinte, dois carros colidiram no trecho. Já nesta tarde, duas carretas bateram de frente, potencializando a angústia e o medo dos moradores do residencial que dizem que os acidentes já estão virando rotina por ali.
“Não sei quantas mortes eles vão carregar para a vida inteira, o Barenco, o Neto e o Samuca. Tudo isso por ciúme, por vaidade. Lá atrás, quando não deixaram terminar a Rodovia do Contorno, morreu uma jornalista. Isso também foi culpa de quem não deixou terminar a estrada, porque preferiu devolver o dinheiro do que concluir a obra, só porque foi iniciada no governo Baltazar. Aquela morte tem dono, tem interesse e tem CPF”, afirmou o engenheiro, acrescentando: “Não sei até onde vai a vaidade, o ciúme e a inferioridade dessas autoridades de querer penalizar a população de Volta Redonda em detrimento de seus próprios egos. São mentes pequenas, mas a população tá em risco”.
O Jardim Mariana é um empreendimento da Aceplan composto por 500 apartamentos distribuídos em oito blocos. De acordo com o empresário Mauro Campos, são mais de 700 moradores no condomínio, construído na Rodovia do Contorno, a cerca de 5 km do centro da cidade.
Com relação ao acesso ao condomínio da rodovia do contorno, a solução é uma passagem subterrânea no local.
Pela topografia local não é difícil fazer, basta vontade da prefeitura ou do Denit.
A prefeitura não faz porque entende que a rodovia do contorno é do Denit, o Denit não faz porque alega que irá passar o trecho para a K Infra e assim à população vai sendo prejudicada.
Desde a inauguração da Rodovia do Contorno o Denit não define a transferência para a concessionária da BR393, que seria o correto.
Mas ninguém toma uma atitude e prefeitura não cobra uma posição do Denit