O vice-presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, Mauro Rogério Nascimento de Jesus, o “Maurinho do Paiol”, foi preso na manhã desta quinta-feira (dia 10), durante a operação Hoste, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal. A ação visa prender outros 19 milicianos, liderados pelo vereador.

Além de atuar em Nilópolis, o grupo criminoso opera em São João de Meriti e no bairro de Anchieta, na capital. A organização conta com a participação de quatro policiais militares, também alvos de mandados de prisão e de ordens de afastamento do cargo, por decisão da Vara de Combate ao Crime Organizado do TJRJ. A ação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em parceria com a Polícia Federal, conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Além dos 19 mandados de prisão preventiva, estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados e na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, onde encontra-se preso Diego Nunes Rayol. De acordo com a denúncia, a organização criminosa possui como principais atividades a exploração de serviços de ‘gatonet’, a venda de gás GLP, o comércio ilícito de cigarros e o controle sobre pontos de mototáxi nas localidades dominadas, principalmente em Nilópolis.

As investigações conduzidas pelo GAECO/MPRJ, em parceria com a Polícia Federal, demonstraram que a organização é estruturalmente ordenada e possui dimensões consideráveis, atuando de forma setorizada, com o objetivo de auferir vantagens, tanto patrimoniais, como de domínio do território e imposição de força, mediante a prática de crimes como homicídios, extorsões, corrupção, interceptação e distribuição clandestina de sinal de TV a cabo, entre outros.

O grupo mantém relação próxima com a organização criminosa que já foi liderada pelo miliciano Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, morto em 2021, e atualmente liderada pelo seu irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o “Zinho”, utilizando-se de armas de fogo para disseminar o temor e exercer o domínio sobre a população das localidades dominadas. Além disso, ao expandir seus domínios para a comunidade Az de Ouro, em Anchieta, passou a atuar também no tráfico de drogas, fazendo parte da cúpula da referida comunidade, ligada à facção criminosa TCP.

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