Grupo de funcionários do setor de manutenção da CSN promove paralisação na fábrica de VR

Os reflexos da greve dos metalúrgicos da CSN Mineração, que no último dia 31 deliberaram pelo início da mobilização, já são sentidos a quilômetros de distância da Mina de Casa de Pedra, em Congonhas (MG). Na manhã desta terça-feira (dia 5), um grupo de trabalhadores da área de manutenção (GMN) da Usina Presidente Vargas promoveu uma paralisação em Volta Redonda.

De acordo com as primeiras informações, o movimento na Cidade do Aço não teria a participação dos sindicatos dos Metalúrgicos e da Construção Civil. A reportagem tentou contato com representantes das duas entidades, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno.

Os trabalhadores da UPV estariam reivindicando uma pauta de negociação semelhante à apresentada pelos companheiros da CSN Mineração. O grupo defende o pagamento de R$ 10 mil de PPR para todos os colaboradores (a ser pago até 30/04) e reajuste salarial de 30% mais a correção do INPC (em 2021 o índice acumulado foi de 10,16%). A data-base do acordo seria referente a 1º de maio.  

Em outro item pretende reajustar o valor do cartão alimentação para R$ 800, pagamento de hora extra mensal e plano de saúde nacional.  

“Caso a CSN não se pronuncie e não nos apresente uma proposta digna até o dia 10 de abril, no dia 11 haverá paralisação de todas as atividades da Usina por tempo indeterminado”, ameaça os manifestantes em texto compartilhado nas redes sociais. 

Em 2021, a Companhia registrou lucro líquido de R$ 13,6 bilhões, um aumento de 217% em relação ao ano anterior. A direção do grupo considerou “ótimo resultado do ano” disse que foi “reflexo do ganho na oferta pública de ações da CSN Mineração e das vendas de parte das ações da Usiminas”.

Procurada para comentar sobre a paralisação em Volta Redonda, a CSN não se pronunciou. A reportagem será atualizada assim que receber o retorno da assessoria de comunicação da empresa.

Foto: Arquivo

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