O antigo prédio do Escritório Central da CSN voltou ao centro da polêmica em Volta Redonda. Moradores que circulam pela Vila Santa Cecília desde quarta-feira (dia 10) notam a instalação de placas metálicas pintadas na cor azul, nos acessos ao edifício de 16 andares construído na década de 60. Procurada, a empresa não se pronunciou sobre a medida.  

A Folha do Aço apurou, porém, que os obstáculos foram colocados pelo departamento de Patrimônio da CSN com intuito de afugentar pessoas em situação de rua que têm se abrigado com frequência nas escadarias do edifício. Vale lembrar que o imóvel de 37 mil metros quadrados e 16 andares, erguido na área central da Vila, está desativado há quase duas décadas.

O primeiro grande esvaziamento do prédio ocorreu em 2004, quando a CSN – proprietária do imóvel – inaugurou o novo escritório (no antigo refeitório). Durante um curto período, funcionários de alguns poucos departamentos – como o de informática – permaneceram no local, até o seu completo esvaziamento.

Propostas para o imóvel receber novos negócios chegaram a ser cogitadas. Grupos do ramo hospitalar, por exemplo, chegaram a estudar a viabilidade de aproveitar a estrutura oferecida no espaço para implantar uma unidade médica. As conversas não evoluíram.

 Em 2017, o então prefeito Samuca Silva, formalizou proposta de compra para a CSN. Um documento de intenções, inclusive, foi entregue ao diretor institucional da empresa, Luiz Paulo Barreto, durante reunião no Palácio 17 de Julho.

Naquela oportunidade, o prefeito chegou a dizer que a reabertura do Escritório Central ajudaria a “gerar empregos, produzir tecnologia, novos serviços e movimentar fortemente a economia”. Como mantinha bom relacionamento com a CSN, Samuca tentou um caminho diferente de seu antecessor e que posteriormente veio a sucedê-lo, neste caso o prefeito Neto, que historicamente teve dificuldade em se comunicar com o empresário Benjamin Steinbruch, proprietário da empresa.

Por se tratar de uma propriedade particular, o governo municipal não pode interferir para tentar remover os bloqueios instalados pelo patrimônio da CSN.

Foto: Evandro Freitas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.