Sete pessoas foram presas na segunda fase da operação “Robgol”, realizada quinta-feira (dia 1º) pelo Ministério Público (MPRJ), com apoio de agentes da 90ª Delegacia de Polícia. Os mandados de prisão foram cumpridos em Volta Redonda, Taubaté e Mogi das Cruzes, as duas últimas no estado de São Paulo. 

Entre os presos está Jabes Lopes Emerick Júnior, apontado nas investigações como gerente do tráfico. Ele foi localizado em Volta Redonda. Na casa dele, foram apreendidos R$ 7.150 em espécie, dois celulares e uma máquina de contar dinheiro.

Os mandados de prisão e busca e apreensão em endereços ligados aos integrantes da organização criminosa de Barra Mansa foram expedidos pela Justiça. De acordo com a denúncia, a quadrilha é voltada ao comércio de grandes quantidades de entorpecentes e à prática de lavagem de dinheiro.

No início da manhã de quinta, equipes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e da Polícia Civil estiveram nos endereços ligados aos sete denunciados. Um balanço divulgado revelou que, no total, foram apreendidos ainda uma outramáquina de contar dinheiro e R$ 210 mil em Mogi das Cruzes.

Lavagem de dinheiro

Após a deflagração da primeira fase da operação “Robgol”, em maio de 2021, a investigação foi desmembrada e deu-se início à segunda etapa, para apurar os principais fornecedores de drogas do estado de São Paulo para as principais cidades do Sul Fluminense, além de outros membros da organização criminosa, inclusive os responsáveis pela lavagem de dinheiro.

De acordo com as investigações, uma das pessoas denunciadas seria a responsável pelo envio de drogas da cidade de Mogi das Cruzes para as cidades de Barra Mansa e Volta Redonda, além da Capital Fluminense, que teria lavado cerca de R$ 35 milhões em cinco anos utilizando-se de revendas de gás e água mineral no interior paulista.  

 A denúncia destaca que “toda essa estrutura destinada ao crime foi instituída e se mantém com o objetivo de lucrar cada vez mais com a mercancia ilícita de entorpecentes, intento que só pode ser obstado com a prisão dos integrantes da organização criminosa, diante do risco evidente de reiteração criminosa”.  

A primeira fase da operação “Robgol” foi iniciada após a apreensão de 37 kg de cocaína, realizada pela Polícia Rodoviária Federal em uma abordagem da Rodovia Presidente Dutra, na cidade de Barra Mansa. Na ocasião, os agentes federais identificaram que o material entorpecente tinha como origem a cidade de Taubaté, no Estado de São Paulo, e como destino as cidades de Volta Redonda, Barra Mansa e outras localidades na região Sul Fluminense.  

Além da decretação da prisão e busca e apreensão nas residências dos principais envolvidos, o Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital deferiu ainda o arresto e sequestro de bens da organização criminosa, consistentes em cerca de R$ 35 milhões em contas bancárias, um automóvel de luxo e fazendas utilizadas para lavar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

Foto: amP

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