O primeiro desafio da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos com o chão de fábrica da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tem data marcada para acontecer. Será nesta sexta-feira (dia 31), a partir das 17h30min, quando o presidente da entidade, Edimar Miguel, estará na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, tentando obter a autorização dos trabalhadores para representá-los na formalização do Acordo Coletivo 2023/2024.
Com a aproximação da data-base do dia 1º de maio, os sindicalistas correm contra o tempo para dar início à negociação da pauta de reivindicação – que este ano será unificada, incluindo mais quatro entidades de classe – a ser negociada com o departamento de Recursos Humanos da CSN. Os itens da campanha foram divulgados no último dia 24 e apresentam números fora da realidade adotada pela empresa nas negociações recentes.
A proposta defende que o reajuste salarial deverá ser calculado pelo INPC pleno, referente ao período anual, e mais o ganho real, com a recomposição das perdas dos últimos seis anos, somando o total de 20 a 22%.
Num comparativo com o acordo firmado ano passado, quando a negociação se arrastou por alguns meses, levando um grupo independente a promover uma paralisação, os metalúrgicos da CSN tiveram reajuste salarial de 12% para os trabalhadores com vencimentos de até R$ 5 mil, e o mesmo percentual para técnicos e aqueles que estão no primeiro nível de liderança. Para os metalúrgicos que ganham acima desse valor, o reajuste foi de 10%.
Na pauta que será levada à CSN, os sindicalistas defendem que o cartão alimentação deverá ser no valor de R$ 1 mil, com direito a todos os trabalhadores ativos, assim como aos afastados por auxílio-doença, auxílio-doença acidentário, doença ocupacional e/ou profissional e as trabalhadoras que estejam em licença maternidade.
Sobre a PLR, a reivindicação é de 10% do lucro operacional (EBITDA) igual para todos os trabalhadores ativos e demitidos no exercício de 2022. As categorias irão pleitear o fim do banco de horas, com o pagamento de todas as horas extras, trabalhadas no período de apuração ao mês correspondente, acrescidos dos adicionais.
Outra reivindicação diz respeito às horas extras, com adicional de 100% por horas extras trabalhadas de segunda a sábado; adicional de 200% para domingos e feriados. E que a empresa se comprometa a não exigir do trabalhador, duas horas extras diárias. A pauta reafirma a jornada de trabalho de 36 horas/semanais. Além do piso salarial de dois salários mínimos e o fim do desvio de função.
A pauta unificada envolve os sindicatos dos Metalúrgicos, Engenheiros (Senge-VR), Metabase de Congonhas-MG, dos Vigilantes de Volta Redonda e dos Portuários do Rio. Antes das rodadas de negociação com a CSN, os itens serão submetidos à aprovação dos trabalhadores nas suas respectivas bases de atuação.
Foto: divulgação