A região Sul Fluminense enfrenta um alarmante aumento no número de casos de dengue em 2023, acendendo o alerta vermelho para as autoridades de saúde e a população. Com a temporada de chuvas e temperaturas mais quentes se aproximando, o ambiente torna-se propício para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito vetor da doença.

Segundo o último levantamento epidemiológico da secretaria de Estado de Saúde, os casos notificados de dengue na região já ultrapassaram os números registrados no mesmo período do ano anterior. Dados da 1ª a 28ª semana epidemiológica mostram o avanço dos casos.

Em 2022, por exemplo, Volta Redonda registrou 14 casos prováveis. Este ano, no mesmo período, foram 271. Significa um crescimento superior a 1.800%.

Resende, no entanto, foi o município em que o aumento dos casos mais causa preocupação – superando 2.000%. Passou de 47 em 2022, para 1.018 no mesmo período deste ano.

Em todo estado do Rio de Janeiro, o monitoramento da secretaria de Estado de Saúde aponta uma elevação de 8.541 para 34.124 casos – isto é, 299%. Os dados foram retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), ambos do Ministério da Saúde.

Riscos

Fatores como acúmulo de água parada em recipientes diversos, falta de conscientização e condições climáticas favoráveis contribuem para esse cenário preocupante. Especialistas recomendam a inspeção frequente de residências e áreas externas, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água, como pneus, vasos de plantas e garrafas vazias.

Além disso, o uso de telas em janelas e portas, o tratamento adequado de piscinas e a manutenção de caixas d’águas vedadas são medidas essenciais. O uso de repelentes e roupas que minimizem a exposição da pele durante os horários de maior atividade do mosquito também é altamente aconselhável.

Campanhas de conscientização estão sendo ampliadas pelas autoridades de saúde, buscando informar a população sobre os riscos da dengue e as formas de prevenção. Em Volta Redonda, no entanto, nenhuma campanha, até o momento, foi colocada nas ruas pelas autoridades do município.

Dengue, chikungunya e zika: Fiocruz apresenta diferenças entre as doenças

O Brasil é um país que apresenta vários tipos de clima, com predominância dos quentes e úmidos, essa característica faz com que uma grande quantidade de insetos se estabeleça no território, como os mosquitos do gênero Aedes, que se desenvolvem, principalmente, em zonas tropicais e subtropicais. Esses mosquitos são importantes vetores de doenças, tais como: dengue, chikungunya e zika, sendo a espécie que merece maior atenção no Brasil.

Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, essas doenças apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, pequenas diferenças existem e podem ser usadas como critério para o diagnóstico. A dengue, por exemplo, é a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika, pois causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, pode provocar hemorragias, que podem ocasionar óbito.

Já a chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores se concentram principalmente nas articulações, diferentemente da dengue, que causa dores predominantemente musculares. Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas, contudo, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente.

Por fim, a zika é a doença que causa os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que as citadas anteriormente, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte e os sintomas não duram mais que sete dias.

No entanto, é importante lembrar, que a doença causa sérios problemas em gestantes e seus bebês, tais como a microcefalia. Além disso, a zika de relaciona com uma síndrome neurológica que causa paralisia, chamada de Síndrome de Guillain-Barré.

O tratamento dessas doenças é praticamente o mesmo, uma vez que não existem medicamentos específicos para elas. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve recorrer a remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois podem desencadear hemorragias.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.