A Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Angra dos Reis, em parceria com a Polícia Civil, atuou requerendo a expedição de mandado de prisão preventiva contra Marcos Paulo da Silva Pinto, denunciado pelo homicídio de sua ex-companheira, Viviane Machado Modesto da Silva, em 2008, o qual foi deferido pelo Juízo Criminal de Angra dos Reis e cumprido na quinta-feira (dia 21), em Cachoeiras de Macacu. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Marcos Paulo atraiu a vítima para uma emboscada, a manteve em cárcere privado por um breve período, e até os dias atuais segue ocultando seu cadáver.

A denúncia, ajuizada no último dia 19, relata que, no período compreendido entre os dias 26 de outubro de 2008 e 15 de novembro de 2008, numa habitação próxima à beira da praia, em Angra dos Reis, o denunciado praticou atos agressivos contra sua ex-companheira, matando-a em seguida.

O crime de homicídio consumado, com agravante de feminicídio, foi praticado por motivo torpe, considerando que Marcos Paulo não concordava e não aceitava o fim do relacionamento com a vítima, tendo se mostrado extremamente ciumento e possessivo, mesmo após a separação. O assassinato também foi praticado mediante dissimulação, considerando que ele, após desaparecer por vários dias com o filho menor do casal, reapareceu com o bebê na porta da casa da vítima, em São Gonçalo, atraindo Viviane para uma emboscada, com a alegação de que queria levá-la para comemorar o aniversário de dois anos do filho.

Chegando ao destino final em Angra dos Reis, porém, o qual, num primeiro momento, a vítima acreditou que se tratava da cidade de Cabo Frio, Marcos Paulo matou a ex-companheira, ocultando seu cadáver até os dias atuais e dificultando sua localização por parte dos seus familiares.

Ainda de acordo com a denúncia, existem fortes evidências de que o denunciado agiu da mesma forma com outras vítimas, causando seus óbitos e ocultando os cadáveres na sequência, agindo sempre com um mesmo padrão: namorava e passava a se relacionar de forma mais duradoura, porém por poucos anos, com mulheres mais novas, de pele negra, afastando as mesmas da sua família de origem, não as deixando ter contato com o mundo exterior, trabalhar ou estudar. Após algum tempo, não aparecia mais com as namoradas/companheiras e, quando alguém perguntava a respeito, dizia que o haviam abandonado.

As investigações de tais fatos seguem com as Promotorias de Justiça que possuem atribuição, já que não ocorreram em Angra dos Reis. Marcos Paulo se mudava com frequência com a família, já tendo residido em São Gonçalo, Cabo Frio, Angra dos Reis, Búzios, Campo Grande e Cachoeiras de Macacu, local em que foi preso.

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