Dados do Painel Monitora, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), registram que, até o dia 8 de fevereiro de 2024, o estado registrou 31.133 casos prováveis de dengue e três óbitos. Análise do Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) mostra que se mantém a tendência de aumento na transmissão, com circulação acima do limite máximo esperado para o momento. Em todo o ano de 2023, foram contabilizados 51.479 registros prováveis da doença, com 32 mortes.

Essa tendência de crescimento ocorre por mais de oito semanas consecutivas no Estado do Rio de Janeiro e se intensificou nas primeiras semanas de Janeiro. A Região Serrana e a Região Metropolitana I são as que mais apresentam excesso de casos, isto é, quantas vezes o número de casos registrados excede o limite máximo previsto (16,28 vezes e 13,07 vezes, respectivamente), seguidas das regiões Centro-Sul (10,41 vezes) e Baía de Ilha Grande (8,82 vezes).

“O momento requer forte adesão da sociedade, além de articulação de todos os órgãos governamentais no enfrentamento à dengue. É hora de todos fazerem a sua parte, como eliminar criadouros e conversar com seu vizinho sobre a importância da prevenção. A Secretaria vem qualificando profissionais de saúde de todos os 92 municípios do estado para o melhor atendimento à população, além de distribuir insumos e equipamentos aos municípios com maior incidência de casos”, ressaltou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Carnaval da conscientização Contra a Dengue Todo Dia!

Para reforçar a importância da mobilização da sociedade, o Governo do Estado vai aproveitar os desfiles das agremiações do Carnaval, no Sambódromo, para lançar a campanha “Contra a Dengue Todo Dia”, de combate ao mosquito transmissor da doença. A Secretaria de Estado de Saúde distribuirá repelentes e fará ações de conscientização na Marquês de Sapucaí, e levará também a mensagem ao público que assiste de casa.

Haverá também a exibição de filmes publicitários em todos os painéis digitais do Sambódromo com dicas para não deixar água parada em recipientes que se transformam em criadouros do mosquito transmissor da dengue. Na abertura dos desfiles, um cortejo vai levar a faixa incentivando que a população reserve dez minutos por semana para fazer a vistoria em suas próprias casas.

Boletim atualiza panorama da dengue no estado do Rio

Desde a primeira semana de fevereiro, as atualizações passaram a ser divulgadas duas vezes por semana: às segundas-feiras e às quintas-feiras, para melhor acompanhamento do panorama da doença no Estado do Rio. O combate ao mosquito da dengue é coletivo e toda sociedade deve participar com ações de controle, principalmente nas residências, onde estão cerca de 80% dos criadouros.

Plano Estadual de Combate à Dengue

As ações do Governo do Estado contra a dengue envolvem o uso de tecnologia, qualificação e apoio aos 92 municípios do estado. Foram comprados equipamentos e insumos que estão sendo distribuídos aos municípios com maior incidência de casos, para a montagem de até 80 salas de hidratação, que terão capacidade para atender, ao todo, até 8 mil pacientes por dia. O investimento é de R$ 3,7 milhões.

A Secretaria de Saúde está treinando 2.000 médicos de emergências e profissionais de saúde dos 92 municípios para garantir o diagnóstico mais preciso e o tratamento correto, como também a capacitação no atendimento às gestantes infectadas. Além disso, 160 leitos de nove hospitais de referência do estado poderão ser convertidos, inicialmente, para tratamento da dengue, como foi feito na Covid-19 .

“Muitos profissionais de saúde que se formaram nos últimos anos não tiveram contato com a doença no seu dia a dia. Desde o fim do ano passado, estamos capacitando médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde para um diagnóstico mais preciso e dentro dos novos protocolos de atendimento atualizados pelo Ministério da Saúde. A hidratação imediata é fundamental para o sucesso do tratamento. Organizamos o fluxo de atendimento em UPAs e emergências para dar prioridade aos pacientes com sintomas de dengue, principalmente aqueles mais graves”, afirma Claudia Mello.

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