A segunda fase da obra de drenagem na Rua 24, no bairro Vila Rica/Tiradentes, parece não ter fim à vista. Com um custo superior a R$ 1,3 milhão, a empreitada está há quase dois meses atrasada. Os moradores enfrentam o desafio de conviver com uma cratera aberta pela empresa responsável, além do constante medo de um deslizamento de terra que coloque em risco seus imóveis. A previsão inicial de conclusão da obra era de 120 dias, a contar do dia 18 de setembro de 2023.

Uma moradora do local, que preferiu não se identificar, denunciou que, além dos transtornos causados pela obra, há o receio de que o serviço tenha sido executado com falhas. “Nossa preocupação é que, quando a empresa iniciou o trabalho, não havia máquinas apropriadas para o manuseio das manilhas. Como resultado, duas ou três primeiras foram danificadas, e o correto seria que fossem substituídas”, detalhou.

A contribuinte relata que, porém, nada foi realizado até o momento pela Prefeitura, e a obra continua mesmo após os moradores já terem notificado a empresa. “Este é um local de passagem de água, e nossa sorte é que não tem chovido muito ultimamente. Porém, estamos nos aproximando de um período de muitas chuvas, e não sabemos como isso irá afetar”.

E se os moradores pensaram que a situação não poderia piorar, a secretaria municipal de Infraestrutura (SMI) mostrou que sempre pode. A obra está parada há cerca de uma semana, segundo informações do presidente da Associação de Moradores. “Quero saber o que está acontecendo. A obra está parada há praticamente uma semana. A obra da praça está na mesma situação. Estou tentando obter uma resposta da secretaria da Infraestrutura, Poliana, e, no caso da praça, com o Furban. Porém, está difícil, bem difícil”, lamentou Milton Pereira, conhecido como Miltão.

Manilhas

No início do mês de fevereiro, o site da Folha do Aço já havia relatado a existência de uma cratera na Rua 24. De acordo com os relatos, a causa do problema remonta a uma obra anterior executada pela secretaria municipal de Infraestrutura. Alega-se que os funcionários responsáveis pela pasta obstruíram uma manilha e deixaram o terreno soterrado de maneira provisória, apesar dos alertas emitidos pela Associação de Moradores.

As fortes chuvas contribuíram para o agravamento da situação, saturando os terrenos e aumentando o risco de deslizamentos de terra. Os moradores do Vila Rica/Tiradentes vivem com o temor constante de danos estruturais em suas residências.

“A Associação está fazendo o possível. Os responsáveis foram alertados, mas só estão cometendo erros. Não vemos ninguém da prefeitura de Volta Redonda nem da empresa responsável pela obra. É uma indignação total. O desespero é real. Estamos de mãos atadas, vendo o pior acontecer”, afirma Miltão.

Enquanto os moradores convivem com o medo de verem seus imóveis serem sugados pela cratera aberta pela obra, as contas não param de chegar. Os cidadãos têm até esta sexta-feira (dia 8) para garantir o desconto de 8% no pagamento em cota única de seus impostos municipais.

Foto: reprodução

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