A Polícia Federal, com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Janus para desarticular um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações emergenciais relacionadas à compra de equipamentos de combate à COVID-19. Na ação de hoje, cerca de 50 policiais federais e 12 auditores da CGU cumprem 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti/RJ, em residências, empresas e escritórios ligados à organização criminosa, nos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias/RJ e Bom Jardim/RJ. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 5 milhões.
A investigação da PF, iniciada em 2020, revelou irregularidades em processos de dispensa de licitações, que tratavam de compras emergenciais de equipamentos para combater a COVID-19. Dentre as fraudes apuradas, se destaca o superfaturamento de contratações junto à Prefeitura de Duque de Caxias por intermédio de empresas de fachada, com a utilização de pessoas interpostas que serviriam também para ocultar a origem e destino dos valores obtidos ilicitamente.
Os policiais federais buscam novos elementos de prova, o cumprimento das ordens judiciais e a descapitalização da organização, visando expropriar patrimônio, bens e valores acumulados ilegalmente, bem como impedir a reestruturação do grupo criminoso.
Além dos crimes licitatórios, os investigados responderão por associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
Janus é uma figura da mitologia romana, conhecida como o deus dos começos, escolhas, passagens e transições. Ele é frequentemente representado com duas faces.
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