Saúde em segundo plano: Cais Conforto permanece sem previsão de reabertura

A falta de planejamento da Prefeitura de Volta Redonda para a área da saúde continua afetando a população. Na manhã de quinta-feira (dia 6), o prefeito Neto (PP) admitiu novamente que o Cais Conforto segue sem data para reabertura. A unidade, fechada para reforma desde junho de 2022, enfrenta dificuldades financeiras para voltar a funcionar. Segundo o prefeito, o custo mensal apenas com a contratação de funcionários seria de aproximadamente R$ 600 mil, totalizando R$ 8,1 milhões ao ano, incluindo férias e 13º salário.

“Para abrir o Cais Conforto eu gasto R$ 600 mil por mês, e o município está na Justiça para aumentar o seu índice de participação no ICMS. A situação financeira do município está difícil”, justificou Neto. O argumento, no entanto, não convence, principalmente quando se observa a destinação de recursos públicos para obras de menor relevância, como os mais de R$ 4 milhões investidos na construção do Monumento do Arigó, no núcleo Fazendinha, no bairro Retiro.

Enquanto isso, usuários que dependem do Cais Conforto precisam se deslocar para outras unidades de saúde, enfrentando filas e dificuldades. A situação se agrava com a UPA Santo Agostinho, que também permanece em reforma, sem previsão clara de entrega.

Reformas no HSJB avançam, mas custo de manutenção preocupa

Outro ponto de atenção é o futuro do Hospital São João Batista (HSJB), que passa por uma grande reforma e ampliação. De acordo com a secretaria de Comunicação da Prefeitura, as obras seguem “a todo vapor”, com avanços na instalação elétrica, hidrossanitária e de gases medicinais, além do acabamento de alvenaria. A previsão de entrega é 29 de maio, data do aniversário do prefeito Neto.

O novo prédio, em construção no antigo estacionamento dos funcionários, terá cinco andares. Entre as novas instalações, destacam-se: o Centro Cirúrgico e Centro de Material Esterilizado (CME); a unidade de internação pós-cirúrgica com capacidade para dez leitos; a nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 20 leitos; Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), com dez leitos; e estacionamento com 70 vagas nos três primeiros andares.

“Estamos prevendo entregar mais esse legado à população no dia 29 de maio, e tenho certeza que vai beneficiar quem mais precisa, que é o paciente do SUS. Graças aos investimentos e parcerias com o Governo do Estado, vamos tornar a Saúde de Volta Redonda a melhor do país”, afirmou o prefeito Neto.

Porém, a grande questão permanece: como será feita a manutenção dessa nova estrutura? O custo com pessoal e gestão da unidade ampliada será um desafio a ser enfrentado, especialmente considerando o cenário financeiro delicado do município.

O diretor-geral do hospital e vice-prefeito, Sebastião Faria, reforçou a importância da obra: “Já conseguimos visualizar o que será esse novo prédio. Logo, a população terá um novo São João Batista, com maior capacidade de atendimento e mais conforto para pacientes e funcionários.”

A conclusão das obras promete um impacto positivo para o atendimento, mas o que preocupa é o custo da operação e se o município terá capacidade financeira para manter a estrutura funcionando plenamente.

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