Tonalidade verde em pilha de escória da CSN intriga motoristas na BR-393

Quem passa pela BR-393, na altura do bairro Brasilândia, em Volta Redonda, nota uma coloração esverdeada na montanha de escória da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), depositada às margens do Rio Paraíba do Sul. O material, que já é alvo de críticas e preocupações ambientais, chamou ainda mais atenção devido à tonalidade incomum.

De acordo com um especialista em meio ambiente ouvido pela reportagem, a cor esverdeada é resultado da aplicação de um polímero, produto utilizado para evitar a dispersão de material particulado na atmosfera. “Esse polímero forma uma espécie de película, como um plástico, sobre a escória, impedindo que o vento carregue partículas para as áreas próximas”, explicou o técnico.

O uso desse tipo de substância não é novo. Desde 2023, a CSN vem utilizando o recurso para controle de partículas, uma das ações anunciadas pela empresa como forma de reduzir a dispersão de poluentes decorrentes da produção na Usina Presidente Vargas.

A CSN explica que usa o polímero há mais de dois anos nas pilhas de matérias primeiras dentro da Usina Presidente Vargas.
“Embora o pátio de escória não tenha arraste de poeira, também estamos colocando o polímero”.

O polímero é utilizado por indústrias variadas, para que elas alcancem as metas de seus termos de compromisso ambiental. Após ser aplicado, o produto cria uma crosta de proteção, reduzindo a dispersão de partículas no ar em 90%. Chamado de “Greencarpet”, o polímero é desenvolvido pela Benetech para ser aplicado com a ajuda de mangueiras em pilhas de material, como carvão, coque e minério de ferro. Ele possui alta resistência, longa duração e não polui as águas subterrâneas, não é tóxico e nem corrosivo.

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