Eventos em quadras de escolas de samba estarão liberados no município do Rio a partir de 1º de novembro, data em que a prefeitura definiu como o início do período conservador, que é a última etapa do Plano de Retomada das Atividades Econômicas na capital.

Segundo a prefeitura, o período conservador não tem prazo para terminar. Vai depender do desenvolvimento do combate ao novo coronavírus e da aprovação de uma vacina contra a Covid-19. O dia pode ser alterado se houver alguma modificação nos níveis de contaminação e aumento da demanda por leitos na cidade.

O funcionamento das quadras, no entanto, deverá ocorrer sem aglomeração e com todos os protocolos de prevenção da covid-19, com mesas e cadeiras numeradas. A lotação máxima é de 50% da capacidade do local. A abertura vale somente para as quadras instaladas no município do Rio. O funcionamento das quadras de escolas de samba de outras cidades, como a Viradouro, em Niterói, na região metropolitana; a Beija-Flor, em Nilópolis, e a Grande Rio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, depende de decisão das prefeituras desses locais.

A liberação está na revisão da Fase 6B do Plano de Retomada das Atividades Econômicas, publicada nesta terça-feira (dia 20) no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, que altera o decreto anterior da prefeitura do dia 1º de outubro, que trata desta etapa do planejamento. De acordo com o decreto, as mudanças seguem a deliberação do Comitê Científico da Prefeitura do Rio de Janeiro, que ocorreu na quinta-feira passada (dia 15).

As rodas de samba já estavam liberadas no decreto anterior, quando foi anunciada a Fase 6B do plano de retomada.

Bares e restaurantes

A partir de 1º de novembro também fica liberado o horário de funcionamento de lanchonetes, bares e restaurantes, que devem manter mesas com espaçamento de dois metros, dando preferência aos espaços abertos, entre eles varandas, passeios públicos, afastamento frontal, estacionamentos.

Antes, os bares e restaurantes só podiam funcionar até 1h. Continua vedado o sistema self-service nos restaurantes. A capacidade não pode ultrapassar dois terços das mesas nos espaços internos. Os quiosques da orla ainda não podem prestar serviços na areia da praia. Como já tinha ocorrido no decreto anterior, a música ao vivo está permitida, mas a pista de dança é proibida.

O decreto desta terça-feira divulgou a ata da reunião do Comitê Científico da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O texto informa que após análise dos dados foram realizadas algumas considerações e, por unanimidade, o comitê científico reconheceu que a fase 6B “não provocou impacto nos indicadores, os quais, inclusive, vem evoluindo positivamente depois de seu início. As atividades retomadas nesta fase não foram, até o momento, responsáveis por impactos sobre o sistema de saúde na região Metro I SUS”.

Já com relação ao comportamento da população, os órgãos de fiscalização observaram aumento significativo do fluxo de pessoas nas praias descumprindo a proibição de permanência na areia e a obrigatoriedade de utilização de máscaras. Para o comitê, “as poucas opções de lazer acabam direcionando um grande número de pessoas para as atividades permitidas, o que põem em risco o cumprimento dos protocolos”.

Diante da avaliação, o comitê chegou ao consenso sobre a necessidade de se criar mais opções em espaços que possam ser controlados com o objetivo de desviar o fluxo dos lugares de difícil controle. Sobre a decisão anterior de que os bares e os restaurantes funcionassem até 1h, entendeu que essa limitação provocou “a ocorrência do comércio ilegal após este horário, desordem urbana e o grande acúmulo de lixo”.

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