O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realiza, nesta quinta-feira (dia 7), uma operação em Volta Redonda para prender 13 integrantes de uma facção criminosa voltada para o tráfico de drogas que atua no bairro Três Poços, mais especificamente na região do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O grupo é vinculado à facção criminosa Terceiro Comando Puro. A operação está sendo conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), em parceria com a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
De acordo com a denúncia, o grupo emprega diversos tipos de armas de fogo para controlar o tráfico de drogas nas imediações do condomínio e utiliza adolescentes para a realização de suas práticas criminosas, que incluem homicídios de integrantes de facções rivais, confrontos armados com forças de segurança e outros bandos criminosos, construção de barricadas em vias públicas e atos de ‘justiçamento’ contra pessoas que agem de forma contrária às suas determinações. Existem, também, indícios que demonstram que o bando impôs domínio territorial na região onde opera, sendo necessária, por exemplo, a autorização de seus líderes para que eventos sejam realizados no local.
A associação criminosa é marcada por uma clara e organizada estruturação e divisão de tarefas nas seguintes funções: a liderança local, com gestão do esquema criminoso, a proteção de pontos estratégicos das comunidades, com o porte ostensivo de armamentos, o recolhimento, contabilidade e repartição dos lucros obtidos de forma delituosa, o armazenamento, transporte, preparo e venda das drogas, e o monitoramento de pontos estratégicos da sua localidade de atuação, com o objetivo de alertar aos demais membros sobre eventual presença das forças de segurança pública e de ‘inimigos’ de outras facções.
Além das prisões, serão cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados em Volta Redonda, Pinheiral e em Senador Camará, na capital.
Divulgação Ministério Público