A fome está de volta aos lares brasileiros. Hoje, segundo estatísticas, são mais de 33 milhões de famintos pelo país afora, igualando os níveis vistos em 1990. A crise econômica gerada com a pandemia da Covid-19, onde milhares de brasileiros acabaram perdendo seus postos de trabalho pelo desaquecimento da economia, agravou a situação, refletida na falta de alimentos nas dispensas da população.
Para tentar ajudar famílias menos favorecidas de Volta Redonda, o policial militar Cleber Santos, 39 anos, com ajuda de amigos e familiares, vem tentando fazer a diferença. Lotado no 10º Batalhão, com sede em Barra do Piraí, o cabo PM é um dos criadores do ‘Mãos Solidárias’, projeto que atende moradores dos bairros Santo Agostinho, Retiro, Açude, Dom Bosco, Siderlândia e Vale Verde, com a distribuição de cestas básicas, roupas e brinquedos.
Segundo Cleber, o ‘Mãos Solidárias’ foi criado em junho deste ano e funciona amparando pessoas em situação de rua. “Nosso foco é levar algum alento às famílias que estão em situação de extrema miséria, sem renda ou incapazes. Temos também um escritório de advocacia para atender a população que não tem acesso a esse serviço”, afirmou.
As cestas básicas e os demais materiais são obtidos, de acordo com o militar, por meio de doação. O objetivo é atender o maior número de famílias possíveis. “Estamos tendo ajuda de diversos amigos, empresários e comerciantes na condução do projeto, que fica na garagem da minha residência. Recebo doações de pessoas que abraçaram essa ideia, entre eles o jogador de futebol Dalbert, da Inter de Milão”, citou Cleber.
O cabo da PM faz questão de frisar que o projeto social não recebe doações em dinheiro, somente arrecada alimentos, roupas, calçados, brinquedos e material escolar. Em breve, a proposta é expandir as ações do ‘Mãos Solidárias’, auxiliando jovens e desempregados a se inserirem no mercado de trabalho. Para garantir o sucesso do projeto, Cleber Santos recebe o apoio da esposa, Érica Santos.